A Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap) defendeu esta quarta-feira que o Governo tem margem para melhorar a proposta de aumentos salariais para 2024, defendendo que o acordo assinado com estruturas da UGT "é um acordo de mínimos".
O líder da Fesap, José Abraão, falava aos jornalistas no final de uma reunião com a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, e com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, que esta quarta-feira apresentaram aos sindicatos a proposta de atualização salarial para a função pública para 2024.
"Dissemos ao Governo que, perante os resultados económicos que temos em cima da mesa, acreditamos que haja folga para ir mais além do que aquilo que nos propôs nesta primeira reunião", disse José Abraão.
O Governo propôs um aumento entre 6,8% na base remuneratória e 2% no topo da carreira, valores que já estavam previstos no acordo assinado em outubro de 2022 com as estruturas sindicais da UGT, a Fesap e o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).
"Vai-se cumprindo o acordo, é um acordo de mínimos, daí a nossa proposta. Queremos acreditar que o Governo não fique só pelos mínimos e inclusive valorizando as carreiras especiais", afirmou o líder da Fesap.
"Queremos acreditar que se possam valorizar as carreiras gerais e as carreiras especiais", reforçou Abraão.
A Fesap defende uma atualização salarial de 6% com um mínimo de 80 euros no próximo ano e uma subida do subsídio de alimentação dos atuais seis euros para 7,50 euros por dia, bem como a redução dos descontos para a ADSE.