O Chega está a acusar o PCP de "tentar vencer na secretaria" durante a sessão que se está a realizar esta terça-feira da assembleia de apuramento de votos no concelho de Lisboa. Em declarações à CNN Portugal, o recém-eleito vereador Bruno Mascarenhas garante que ficou "estupefacto" por o PCP levar para essa assembleia "vários elementos, os chamados controleiros, para pressionar e tentar obter uma vantagem que possa alterar aquilo que foi o voto popular".
A reação de Mascarenhas surge depois de a CDU ter dito que detetou durante a manhã que, na freguesia de São Domingos de Benfica, "ainda se têm de contabilizar 60 votos” e que o desfecho dessa contabilização, mas também da apreciação dos votos protestados e dos votos nulos pode levar a uma "alteração de resultados".
A candidatura da CDU referiu ainda que “também pode haver pedidos de recontagem”, mas só se no decorrer deste processo forem detetados “elementos que o justifiquem”. Isto porque “as contagens não são feitas por pedido, tem de haver algum fundamento”.
O Chega ficou à frente da CDU na corrida para a Câmara Municipal de Lisboa com uma vantagem de 11 votos, tendo o partido de André Ventura conseguido eleger dois vereadores contra um dos comunistas. Mascarenhas diz que durante a assembleia desta manhã verificou um elemento da CDU "por sala" e que "as juízas já solicitaram que os elementos em excesso abandonassem as respetivas salas".
Bruno Mascarenhas refere ainda que o partido está "muito apreensivo" por "esta forma de condicionar e adulterar a isenção eleitoral, tentando criar factos onde eles não existem, com o propósito de habilitar votos num caso e eliminar outros que lhes sejam desfavoráveis".