Presidente do México apela a Bad Bunny que dê concerto de graça: "Não lhe podemos pagar" - TVI

Presidente do México apela a Bad Bunny que dê concerto de graça: "Não lhe podemos pagar"

Bad Bunny em atuação no estádio Azteca, na Cidade do México (Eduardo Verdugo/AP)

Polémica venda de bilhetes duplos provocou o caos na capital do país, o presidente ficou tocado, e agora quer recompensar quem não pôde assistir

O presidente do México fez esta quarta-feira um pedido peculiar a Bad Bunny, um dos artistas mais ouvidos em todo o mundo no momento, de acordo com os rankings da Billboard e do Spotify. Andrés López Obrador quer que o músico se desloque até ao país para fazer um concerto gratuito.

Tudo porque o espetáculo que Bad Bunny tinha agendado para o estádio Azteca, na Cidade do México, foi palco de um autêntico caos, depois de vários jovens terem ficado fora do evento por terem problemas com os bilhetes.

“Sei que está cansado e saturado, porque trabalha muito, mas peço-lhe que considere a possibilidade de vir ao México, à praça Zócalo [a principal da capital mexicana]. Espero que venha”, disse o presidente, acrescentando que “não lhe podemos pagar, teria de ser uma colaboração”.

Por outro lado, as autoridades continuam a tentar que as pessoas que pagaram e não conseguiram assistir ao concerto possam reaver o seu dinheiro.

Se a procuradoria federal tem evitado referir o nome da Ticketmaster, empresa responsável pela emissão dos bilhetes, um procurador chamou “corruptos e delinquentes” aos donos da organização, acusando-os da sobrevenda de quase dois mil ingressos.

Uma situação negada pela Ticketmaster, que mantém a versão de que o problema foi “uma quantidade sem precedentes de bilhetes falsos”. A investigação que decorre pode fazer com que a empresa possa incorrer numa multa que chega até aos 10% de todos os lucros anuais.

À margem da polémica legal, López Obrador ficou sensibilizado por ver vários jovens a chorar, pelo que entende que a devolução do dinheiro do bilhete não chega: “Vão ter de devolver o dinheiro, mas não é suficiente, porque muitos tinham a ilusão de o ver”.

“A culpa não é de Bad Bunny, é de quem vendeu os bilhetes, mas ele podia contribuir”, acrescentou.

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