Santander quer distribuir metade dos lucros aos acionistas nos próximos três anos - TVI

Santander quer distribuir metade dos lucros aos acionistas nos próximos três anos

  • ECO - Parceiro CNN Portugal
  • Mariana Espírito Santo
  • 28 fev 2023, 10:42
Concentração de trabalhadores do Banco Santander Totta

Santander planeia distribuir uma grande fatia dos lucros através de dividendos e recompra de ações. Banco espanhol quer subir preço da ação e aumentar base de clientes

Relacionados

O Santander está a planear distribuir cerca de metade dos lucros aos investidores, sob a forma de dividendos e recompra de ações. Trata-se de uma estratégia para os próximos três anos, com o objetivo de aumentar o preço das ações do banco espanhol, que têm ficado atrás dos concorrentes europeus.

“Hoje definimos os planos para entrar numa nova fase de crescimento rentável, construindo um banco digital com agências, alimentado pela rede Santander”, disse a presidente executiva Ana Botín, citada pelo Financial Times. O banco espanhol pretende obter um retorno sobre o património tangível de 15% a 17% e aumentar a base global de clientes para 200 milhões, acima dos 160 milhões atuais.

No ano passado, o Santander alcançou um retorno de 13,4% sobre o património líquido tangível, tendo agora como objetivo devolver 3,8 mil milhões aos acionistas – metade por meio de dividendos e metade por meio de recompras – o que equivale a 40% dos lucros. O dividendo deverá assim aumentar 18% em 2022, para 0,1178 dólares por ação.

Esta estratégia surge numa altura em que os bancos europeus que estão a beneficiar de taxas de juros mais altas, aumentando os dividendos aos acionistas. O Santander tem ficado abaixo das congéneres, sendo que as ações do banco espanhol subiram 14% nos últimos três anos, o que compara com um aumento de 55% do índice Euro Stoxx Banks.

O Santander já recebeu aprovação regulatória para aumentar o retorno dos acionistas, nomeadamente por ter vindo a aumentar “almofadas” de capital nos últimos anos. Como não precisa de por muito de parte para aumentar as reservas de capital, teve “luz verde” para partilhar uma grande fatia com os acionistas.

Continue a ler esta notícia

Relacionados