Depósitos crescem ao ritmo mais lento desde maio de 2020 - TVI

Depósitos crescem ao ritmo mais lento desde maio de 2020

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  • Luís Leitão
  • 29 dez 2022, 17:51
Dinheiro (Getty Images)

O volume de depósitos das famílias cresceu apenas 0,1% em novembro. Há mais de uma década que não registada um crescimento tão reduzido

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No final de novembro de 2022, os depósitos de particulares nos bancos totalizavam 182,3 mil milhões de euros e os das empresas 64,8 mil milhões de euros, refere esta quinta-feira o Banco de Portugal.

“Os depósitos de particulares aumentaram 0,2 mil milhões de euros relativamente a outubro, crescendo 5,8% em relação a novembro de 2021 (7,0% no mês anterior)”, refere a entidade liderada por Mário Centeno. Trata-se de uma evolução mensal de apenas 0,1%, a mais lenta desde maio de 2020.

Fonte: Banco de Portugal.

Nas empresas, o volume de depósitos contabilizou mesmo um decréscimo de 300 milhões de euros em relação a outubro, e crescido 7,8% relativamente a novembro de 2021 (9,8% no mês anterior).

Os dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal notam ainda um desaceleramento dos empréstimos, particularmente do crédito à habitação, que registou um abrandamento pelo quarto mês consecutivo.

Os empréstimos ao consumo totalizavam 20,7 mil milhões de euros, o que reflete um crescimento de 5,8% relativamente a novembro de 2021 (6,0% no mês anterior).

Crédito às famílias está a abrandar

Fonte: Banco de Portugal.

No final de novembro, o banco central revela que o montante total de empréstimos para habitação era de 100,2 mil milhões de euros, mais 0,1 mil milhões de euros do que no final de outubro.

No setor empresarial, a concessão de crédito registou mesmo uma correção, com o montante de empréstimos concedidos pelos bancos às empresas a atingir os 75,9 mil milhões de euros em novembro, menos 0,2 mil milhões de euros do que no final de outubro.

Esta evolução corresponde a um crescimento de 0,8% em relação a novembro de 2021. No mês anterior, o crescimento tinha sido de 1,1%.

“Esta desaceleração foi mais expressiva nas pequenas empresas e nos setores das indústrias extrativas, das atividades de consultoria, científicas, técnicas e administrativas e das indústrias transformadoras.”

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