Mais de 100.000 pessoas manifestaram-se este sábado em Israel, na 38.ª semana consecutiva de protestos no país contra a reforma judicial do governo de Benjamin Netanyahu, revelaram os media locais.
De acordo com estimativas dos órgãos de comunicação social locais, citados pela agência Efe, só em Telavive o protesto mobilizou cerca de 100.000 pessoas, a que se juntaram milhares de manifestantes noutras localidades do país.
Os protestos têm acontecido desde janeiro, depois de o governo israelita ter aprovado um plano de reforma que pretende conferir mais poder ao executivo em detrimento do poder judicial; uma decisão que os críticos consideram que põe em causa a democracia e independência desses poderes.
A nova jornada de contestação ao governo de Netanyahu, que lidera uma coligação com partidos ultraortodoxos, acontece na véspera do “Yom Kipur” (Dia do Perdão), um dos momentos mais importantes do calendário judaico e que foi mencionado nas manifestações com a mensagem “Não há perdão para a ditadura”, escreveu a Efe.
Enquanto os manifestantes saíam às ruas, Benjamin Netanyahu discursava em Nova Iorque, no debate anual da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).