Os bilionários emitem um milhão de vezes mais gases com efeito de estufa do que uma pessoa comum - TVI

Os bilionários emitem um milhão de vezes mais gases com efeito de estufa do que uma pessoa comum

  • CNN
  • Sophie Tanno
  • 9 nov 2022, 09:00
As emissões decorrentes do estilo de vida dos bilionários, com os seus jatos privados e iates, são já milhares de vezes mais elevadas do que as produzidas por uma pessoa comum, conclui o relatório. Crédito: Jun Sato/WireImage/Getty Images

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Um bilionário emite um milhão de vezes mais gases com efeito de estufa do que uma pessoa comum, concluiu um estudo.

O relatório publicado pela instituição de solidariedade sediada no Reino Unido, Oxfam, na segunda-feira, baseou as suas conclusões na análise detalhada dos investimentos de 125 dos bilionários mais ricos do mundo.

E concluiu que, contrariamente ao cidadão comum, os investimentos dos indivíduos mais abastados correspondem a cerca de 70% das suas emissões.

Segundo o relatório, os investimentos desses bilionários produzem uma média anual de 3 milhões de toneladas métricas de dióxido de carbono (CO2) por pessoa, o que é um milhão de vezes mais do que a média de 2,76 toneladas de CO2 daqueles que fazem parte dos 90% de base.

Nafkote Dabi, responsável pelas alterações climáticas da Oxfam, afirmou que as emissões decorrentes do estilo de vida dos bilionários, com os seus jatos privados e os seus iates, são já milhares de vezes mais elevadas do que as produzidas por uma pessoa comum. Mas olhando para as emissões resultantes dos seus investimentos, as emissões de carbono são um milhão de vezes mais elevadas.

“Esses poucos bilionários no seu conjunto têm ‘emissões de investimento’ que equivalem às pegadas de carbono de países inteiros, como a França, o Egito ou a Argentina. A responsabilidade maior e crescente dos mais ricos nas emissões globais raramente é discutida ou considerada na definição das políticas ambientais. E isso tem de mudar. Esses investidores bilionários no topo da pirâmide empresarial têm uma enorme responsabilidade no colapso climático. E escaparam à responsabilização por tempo demais”, disse a responsável.

O estudo concluiu igualmente que os bilionários aplicam uma média de 14% dos seus investimentos em indústrias poluentes, como a energia, e em materiais como o cimento. Apenas um bilionário na amostra tinha investimentos numa empresa de energia renovável.

“Precisamos que a COP27 exponha e altere o papel que as grandes empresas e os seus grandes investidores desempenham, retirando lucro da poluição que está a conduzir à crise climática global”, afirmou Dabi.

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