Os bolseiros de doutoramento já podem dar aulas nas escolas, depois da entrada em vigor do decreto-lei que “procede à quinta alteração ao Estatuto do Bolseiro em Investigação”.
Antes, os beneficiários das bolsas estavam obrigados a exercerem a atividade científica em regime de exclusividade. A diferença é que não tinham um contrato de trabalho, apenas recebiam um subsídio mensal atribuído pela fundação para a ciência e tecnologia ou por uma universidade. Agora passam a poder auferir outro rendimento por lecionarem.
Segundo o jornal Público, os bolseiros vão ganhar cerca de 450 euros brutos por mês para darem seis horas de aulas por semana.
A alteração faz parte do "plano +aulas +sucesso" destinado a responder à falta de professores nas escolas básicas e secundárias. O objetivo é recrutar 500 bolseiros de doutoramento.
De acordo com os últimos dados da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, existem 6.052 bolseiros de doutoramento, quase 2.500 dos quais estão na região de Lisboa e Vale do Tejo, uma das zonas onde se tem verificado maior falta de docentes.