As autoridades encerraram uma escola secundária no Camboja após terem sido detetados milhares de explosivos enterrados durante a altura da guerra civil. Os explosivos foram encontrados após uma brigada antiminas ter intervindo antes de se iniciar a construção de um novo edifício nas instalações da escola secundária Rainha Kosomak, situada na província de Kratie, no Camboja, reporta a agência de notícias AP.
Entre a sexta-feira passada e este domingo foram encontrados mais de dois mil explosivos pelo Centro de Ação Contra as Minas do Camboja, disse à AP o diretor-geral deste centro, Heng Ratana. Entre os explosivos encontrados estavam granadas e lançadores antitanques enferrujados, avança a BBC.
Heng Ratana, citado pela BBC, afirma que "foi um grande golpe de sorte para os estudantes". "Estes engenhos explosivos são fáceis de explodir se alguém cavar no chão e lhes acertar."
O Camboja é um dos países com maiores extensões de território minado no mundo, devido às décadas de guerra civil que assolaram a nação, mas também devido à campanha de bombardeamento organizada pelos Estados Unidos durante o começo da década de 1960, reporta o Guardian.
O país ainda continua a ser devastado por antigas minas e engenhos explosivos que não foram acionados durante a guerra civil. Estas minas terrestres estão espalhadas um pouco por todo o país e já mataram cerca de 64 mil pessoas e levaram ao amputamento de mais de 25 mil pessoas desde 1979, de acordo com dados do Halo Trust.
Estima-se que ainda existam entre quatro milhões a seis milhões de minas terrestres e outros explosivos por explodir, reporta a AP.