Resgatados 66 migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha - TVI

Resgatados 66 migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha

  • Agência Lusa
  • AM
  • 2 mai, 06:35
Restos de pertences de migrantes no Canal da Mancha (Rafael Yaghobzadeh/AP)

Migrantes foram então “levados para o porto de Dieppe", onde foram "assistidos pelos serviços de salvamento em terra e pela polícia de fronteira”, estando alojados num ginásio

Sessenta e seis migrantes que tentavam atravessar o Canal da Mancha, em direção ao Reino Unido, foram resgatados pelas autoridades francesas na quarta-feira.

Durante a manhã, os serviços de emergência foram “informados de que um barco cheio de migrantes estava ao largo da costa de Dieppe”. Uma lancha costeira da Guarda Marítima “resgatou o barco, que estava em dificuldades, durante a tarde”.

A tripulação recuperou “66 tripulantes náufragos, incluindo mulheres e crianças”, segundo polícia marítima.

Os migrantes foram então “levados para o porto de Dieppe", onde foram "assistidos pelos serviços de salvamento em terra e pela polícia de fronteira”, estando alojados num ginásio.

“Os serviços do Estado estão a analisar a situação administrativa dos migrantes caso a caso. Três pessoas foram detidas pela polícia nacional e colocadas sob custódia por suspeita de serem traficantes de seres humanos", declararam as autoridades em comunicado de imprensa.

Entretanto, no Reino Unido, os primeiros migrantes suscetíveis de serem deportados para o Ruanda foram detidos e colocados sob custódia, anunciou o Governo britânico, com o primeiro-ministro, Rishi Sunak, a saudar o facto como uma nova etapa na aplicação de uma medida emblemática da sua política de migração.

O Governo conservador prometeu pôr fim a estas travessias de imigrantes. Desde o início do ano, chegaram mais de 7.500 pessoas, um recorde histórico para os primeiros quatro meses do ano.

Na segunda-feira, o Reino Unido deportou o primeiro requerente de asilo para o Ruanda, na sequência do seu programa voluntário para migrantes a quem foi recusado asilo, divulgaram os meios de comunicação social britânicos.

Organizações como os Médicos Sem Fronteiras rejeitaram “por razões médicas, éticas e humanitárias” o projeto de lei aprovado na Câmara dos Comuns do Reino Unido para transferência de requerentes de asilo para o Ruanda.

Para a diretora executiva de MSF no Reino Unido, Natalie Roberts, este é “mais um capítulo sombrio na brutal abordagem britânica à migração”, baseada “em políticas de dissuasão, externalização e punição de pessoas que procuram proteção”.

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