Fábrica de canábis medicinal em Cantanhede despede quase meia centena de pessoas - TVI

Fábrica de canábis medicinal em Cantanhede despede quase meia centena de pessoas

  • Agência Lusa
  • RL
  • 13 jan 2023, 17:45
Canábis (Getty Images)

Fábrica foi inaugurada em 2019 e vai ser afetada por um "redimensionamento" da empresa

A Tilray, fábrica de produção de canábis medicinal, vai despedir 49 trabalhadores, numa lógica de redimensionamento da empresa, confirmou hoje à agência Lusa fonte da empresa com sede em Cantanhede, no distrito de Coimbra.

“Um total de 49 empregos serão afetados nas áreas da produção, fabricação, qualidade, controle de qualidade (laboratório), cultivo, cadeia de aprovisionamento, instalações, armazenamento, logística, compras e tecnologias de informação”, refere a Tilray numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.

A empresa canadiana Tilray, que inaugurou em 2019 a sua fábrica de produção de canábis medicinal em Cantanhede, emprega atualmente cerca de 200 trabalhadores, sendo que 49 serão despedidos.

“Estas mudanças, que estão em linha com o redimensionamento da Tilray para responder às necessidades económicas atuais e ao estado dos processos de legalização da canábis medicinal e para uso adulto, ocorrerão nos próximos três meses”, afirma a empresa na mesma nota.

Fonte oficial da Tilray esclareceu à agência Lusa que este processo de redimensionamento não tem a ver com dificuldades económicas.

Grande parte da produção desta fábrica é para exportação.

“O processo de redimensionamento está ligado com à necessidade de adaptar a dimensão da empresa às verdadeiras dimensões do mercado, que se esperava que fosse maior (internacionalmente) neste momento. Assim, a empresa teve que reduzir a sua dimensão e custos, por forma a estar em linha com o mercado atual”, acrescentou a mesma fonte.

A Tilray deu ainda nota de que respeita “todos os direitos das pessoas e aquilo que está definido na Lei Portuguesa com elevado sentido de responsabilidade e cuidado social”.

“O valor e a mais-valia dos colaboradores afetados, o quanto reconhecemos a sua ligação à empresa está no centro de como operamos, e estará no centro da forma como procederemos nos próximos meses”, conclui.

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