Visita de Carlos III a França adiada por causa dos protestos - TVI

Visita de Carlos III a França adiada por causa dos protestos

Emmanuel Macron com os reis de Inglaterra (Jonathan Brady/AP)

Era a primeira visita oficial dos novos reis

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A visita dos reis de Inglaterra a França foi adiada, na sequência dos violentos protestos que decorrem por causa da lei que prevê o aumento da idade da reformas. A imprensa britânica refere que a visita de Carlos III e de Camilla deverá ser reagendada para quando possível, sendo que esta era a primeira visita oficial do monarca desde que Isabel II morreu.

A coroa britânica tinha resistido a adiar a viagem, mas a continuação dos protestos, que entram agora na segunda semana, obrigou mesmo a tomar medidas. Grande parte de França está paralisada em vários setores, como a recolha do lixo, a entrega de combustível ou ainda outros serviços.

O Palácio de Buckhingham confirmou à BBC que o adiamento se deve à "situação em França", acrescentando que "suas majestades olham para a oportunidade de visitarem França assim que possam encontradas datas".

Já o governo britânico esclareceu que a decisão foi tomada com o consentimento de ambas as partes, mas referindo que foi o presidente francês, Emmanuel Macron, quem pediu a Downing Street que adiasse o encontro.

A presidência francesa acrescentou que o adiamento foi decidido após a convocação de uma nova ação de protesto marcada para 28 de março, precisamente um dos dias em que Carlos III estaria em França, numa visita que estava programada entre 26 e 29 de março.

"Esta decisão foi tomada pelos dois governos, depois de um telefonema entre o presidente e o rei", acrescenta o comunicado do Eliseu.

Milhares de franceses têm saído às ruas todos os dias para protestarem contra o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos, uma medida que o presidente francês garantiu que vai mesmo para a frente, e que deve entrar em vigor ainda este ano.

Um dos momentos mais agressivos desde o início dos protestos aconteceu esta quinta-feira, quando alguns manifestantes incendiaram mesmo a Câmara Municipal de Bordéus, uma das principais cidades francesas. Centenas de pessoas têm sido detidas todos os dias, de acordo com o Ministério do Interior.

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