Subida dos preços das casas acelera para 7,8% no 2.º trimestre - TVI

Subida dos preços das casas acelera para 7,8% no 2.º trimestre

  • Agência Lusa
  • MM
  • 20 set, 13:16
Habitação (Manuel de Almeida/Lusa)

Neste período, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa face aos das habitações novas: 8,3% e 6,6%, respetivamente, de acordo com dados do INE

O índice de preços da habitação aumentou 7,8% no segundo trimestre em termos homólogos, acelerando face aos três meses anteriores, tendo o número de transações aumentado 10,4%, a primeira subida em dois anos, divulgou hoje o INE.

De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre abril e junho " a taxa de variação homóloga do IPHab foi 7,8%, 0,8 pontos percentuais acima do registo do trimestre anterior”.

Neste período, os preços das habitações existentes cresceram de forma mais intensa face aos das habitações novas: 8,3% e 6,6%, respetivamente.

Em relação ao trimestre anterior, o IPHab cresceu 3,9% (variação de 0,6% no primeiro trimestre de 2024 e 3,1% no segundo trimestre de 2023), tendo os preços das duas categorias de habitação registado aumentos semelhantes, de 3,9% no caso das existentes e 3,8% nas novas.

Entre abril e junho de 2024, foram transacionadas 37.125 habitações, mais 10,4% do que no trimestre homólogo (-4,1% no trimestre anterior) e o primeiro aumento homólogo do número de transações desde o segundo trimestre de 2022.

Naquele período, as habitações existentes representaram a maioria das transações (79,8%), num total de 29.630 unidades, mais 10,6% face ao registo do mesmo período de 2023 (variação de -4,0% no primeiro trimestre de 2024).

No que respeita às habitações novas, contabilizaram-se 7.495 transações, um crescimento de 9,8% face ao mesmo período do ano anterior (-4,4% no primeiro trimestre de 2024).

No segundo trimestre, o valor dos alojamentos transacionados ascendeu a 7.900 milhões de euros, mais 14,1% do que no mesmo trimestre de 2023 (-1,8% no trimestre anterior).

O valor das transações das habitações existentes foi de 5.700 milhões de euros (aumento de 14,8% face ao mesmo período de 2023), enquanto o valor das transações de habitações novas atingiu 2.200 milhões de euros (aumento homólogo de 12,2%).

Entre abril e junho, as habitações adquiridas por compradores pertencentes ao setor institucional das famílias fixaram-se em 31.948 unidades (86,1% do total), mais 11,2% em termos homólogos e 13,0% relativamente ao trimestre anterior.

Em valor, as vendas de habitações a famílias corresponderam a 6.700 milhões de euros, 85,4% do total, um crescimento homólogo de 16,4% e uma taxa de variação de 18,8% face ao trimestre anterior.

Venda de casas a estrangeiros cai 2,8%

As vendas de casas a residentes no estrangeiro diminuíram 2,8% no segundo trimestre face ao período homólogo, para 2.464 habitações, representando 6,6% do total contra 6,2% no primeiro trimestre deste ano.

De acordo com o Índice de Preços da Habitação (IPHab) do Instituto Nacional de Estatística (INE), entre os compradores com domicílio fiscal fora do território nacional, a categoria dos residentes na União Europeia (UE), com um total de 1.242 unidades, registou um crescimento homólogo no número de transações de 5,8%, o primeiro desde o terceiro trimestre de 2022.

Pelo contrário, a categoria dos compradores com domicílio fiscal fora da UE registou 1.222 transações e uma redução homóloga de 10,2% no número de transações (-11,9% no primeiro trimestre de 2024).

Cada uma destas duas categorias representa 3,3% do número total de transações de habitações em Portugal.

Entre abril e junho deste ano, foram contabilizadas 34.661 transações cujos compradores apresentaram um domicílio fiscal no território nacional, mais 11,5% em termos homólogos.

Em termos relativos, o peso destas transações no total diminuiu para 93,4% (93,8% no trimestre anterior), mas aumentou face ao período homólogo (92,5%).

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