Preço das casas em Portugal deve aumentar mais de 8% ao ano na próxima década - TVI

Preço das casas em Portugal deve aumentar mais de 8% ao ano na próxima década

Porto, habitação, casas, bairro típico. Foto: Planet One Images/Universal Images Group via Getty Images

Previsões de instituto alemão surgem num momento em que o preço das casas em Portugal, no primeiro trimestre deste ano, começaram a desacelerar. Na Europa do Sul, cuja média no preço das casas deverá evoluir entre 10 e 15% ao ano, o valor deverá ser inflacionado principalmente por países como Malta, Sérvia e Albânia

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O preço das casas em Portugal deve aumentar a um ritmo de mais de 8% ao ano nos próximos 10 anos, de acordo com um estudo realizado pelo instituto IFO da Universidade de Munique, na Alemanha, que destacou as previsões de cerca de mais de mil economistas sobre o futuro do mercado da habitação a nível mundial.

Estes dados constam do Economic Experts Survey, um inquérito trimestral global realizado junto de especialistas em economia e cuja última edição foi publicada esta quarta-feira. Surgem, de resto, num momento em que os preços das casas desaceleraram para 8,7% no primeiro trimestre de 2023, marcando o menor aumento homólogo desde o 2.º trimestre de 2021, conforme relatado pelo Índice de Preços da Habitação do INE. 

Portugal, que deve registar um aumento de 8,2% ao ano no preço das habitações nos próximos dez anos, segundo dizem os redatores deste trabalho à CNN Portugal, é analisado de forma global em conjunto com outros países do Sul da Europa. Como um todo, os economistas inquiridos acreditam que nesta região o valor da venda das casas possa subir entre 10 e 15% na próxima década. 

Ainda assim, esta média, “bastante elevada” para a Europa do Sul é principalmente alicerçada “pelas expectativas que os economistas têm em relação a Malta, Sérvia e Albânia”, afirma Timo Wochner, investigador do instituto IFO.

A investigação salienta que são previstos aumentos substanciais do valor das propriedades em todo o mundo, com regiões como a África Oriental e o Sul da Ásia com previsões de subidas superiores a 20% ao ano. “A América do Sul, a Europa Oriental, a Ásia Central e o Norte de África preveem um crescimento de 10 a 15% ao ano, enquanto a América do Norte, a Europa Ocidental, a Oceânia e o Sudeste Asiático preveem aumentos modestos de 6 a 8%”, afirma-se no mesmo estudo. 

Já as taxas de crescimento mais baixas, de cerca de 5%, são esperadas na África Central.

A investigação realizada por este instituto dá a Portugal uma nota negativa relativamente ao estado político e económico do país - de resto, em linha com a maior parte dos países do Sul da Europa. “Os especialistas estão particularmente pessimistas na Macedónia do Norte e na Bósnia e Herzegovina, mas a avaliação é negativa também nos países do Sul da Europa, como a Itália, a Espanha e Portugal”, afirma-se no estudo, realçando, no entanto, uma exceção - “a Grécia é o grande caso isolado nesta análise, tendo registado uma das maiores variações positivas em todos os países do mundo”.

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