O Governo alemão proibiu o Centro Islâmico de Hamburgo, associação religiosa muçulmana, proprietária de uma mesquita, que está a ser investigada há vários meses pelo alegado apoio ao movimento xiita libanês pró-iraniano Hezbollah.
O Ministério do Interior “proibiu o Centro Islâmico de Hamburgo [IZH, na sigla alemã] e organizações afiliadas em toda a Alemanha, porque se trata de uma organização extremista islâmica que persegue objetivos anticonstitucionais”, disse em comunicado.
Esta manhã, foram efetuadas "buscas em 53 propriedades" pertencentes à organização em toda a Alemanha, referiu.
O Ministério notou ainda que, em novembro de 2023, já tinham sido efetuadas buscas em 55 propriedades em sete estados, tendo sido apreendidas várias provas.
“Proibimos hoje o Centro Islâmico de Hamburgo, que propaga uma ideologia islamita e totalitária na Alemanha. (...) Além disso, o Centro Islâmico de Hamburgo e as organizações afiliadas apoiam os terroristas do Hezbollah e espalham um antissemitismo agressivo", reagiu a ministra do Interior alemã, Nancy Faeser.
A responsável sublinhou, porém, que as autoridades não estão
a agir contra uma religião.
"Fazemos uma distinção clara entre os islamitas, contra os quais estamos a tomar medidas duras, e as muitas muçulmanas e muitos muçulmanos que pertencem ao nosso país e vivem a sua fé", continuou.
No ano passado, o IZH declarou que “condena qualquer forma de violência e extremismo e sempre defendeu a paz, a tolerância e o diálogo inter-religioso”.
O Ministério do Interior alemão declarou que, devido à proibição, vão ser ainda encerradas quatro mesquitas xiitas na Alemanha. Os bens do IZH também vão ser confiscados.