O Chega está a organizar uma manifestação "contra a imigração descontrolada e insegurança nas ruas", que vai acontecer no dia 21 de setembro em Lisboa, anunciou esta quarta-feira o partido.
"Com mais de um milhão de imigrantes, a imigração descontrolada continua a ser um grande problema em Portugal. Principalmente porque não temos qualquer tipo de informação sobre muitos dos que cá chegam", refere o partido.
O partido indica que decidiu "organizar uma grande manifestação contra a 'imigração descontrolada e insegurança nas ruas'", na tarde do próximo dia 21 de setembro, em Lisboa.
É referido também que o percurso será definido posteriormente, "mas deverá envolver a Almirante Reis, a baixa de Lisboa e a Praça do Município".
A população estrangeira em Portugal aumentou cerca de 33% no ano passado, totalizando mais de um milhão de imigrantes a viver legalmente no país, segundo um documento apresentado em junho pelo Governo.
De acordo com o executivo, a maior parte das autorizações de residência atribuídas em Portugal são para o exercício da atividade profissional.
O documento indica ainda que as migrações contribuem para “a revitalização demográfica e o aumento da população ativa”, tendo a maior parte dos estrangeiros residentes em Portugal entre os 25 e os 44 anos.
Estes dados foram apresentados após o Conselho de Ministros em que o executivo PSD/CDS-PP, liderado por Luís Montenegro, aprovou o Plano de Ação para as Migrações, que pôs fim ao regime excecional que permitia a um estrangeiro entrar em Portugal e só depois pedir autorização de residência e anunciou a criação de uma estrutura de missão para regularizar processos pendentes, estimados em 400 mil.
Entre as 41 medidas prevista no plano, consta a transformação do atual visto de mobilidade para imigrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) num visto comunitário (Shengen), que permite circular pela União Europeia, e criação de uma Unidade de Estrangeiros e Fronteiras (UEF) na PSP para fiscalizar a presença de imigrantes e criar centros de atendimento de emergência.
Na altura, o primeiro-ministro rejeitou que haja “qualquer ligação direta” entre a “capacidade de acolher imigrantes e aumentos de índices de criminalidade”.