China e Bielorrúsia pedem cessar-fogo na Ucrânia: "Estamos prontos a dinamizar esforços para restaurar a paz e a ordem" - TVI

China e Bielorrúsia pedem cessar-fogo na Ucrânia: "Estamos prontos a dinamizar esforços para restaurar a paz e a ordem"

  • CNN Portugal
  • CF
  • 1 mar 2023, 18:55
Lukashenko e Xi Jinping, fotografados em abril de 2019, em Pequim. Andrea Verdelli/Pool Photo via AP

Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko disse concordar "plenamente" com o plano de paz proposto por Pequim

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Os presidentes da China e da Bielorrússia pediram um cessar-fogo na Ucrânia. Fizeram-no através de um comunicado emitido após o encontro entre Xi Jinping e Alexander Lukashenko em Pequim, esta quarta-feira, no qual reforçam o plano de paz proposto pelo governo chinês. 

Ambos os países expressaram uma "profunda preocupação" com o conflito e o interesse comum no "restabelecimento da paz na Ucrânia o mais rapidamente possível". Xi Jinping e Alexander Lukashenko, dois dos líderes mundiais que mantêm relações mais estreitas com o governo de Vladimir Putin, dizem-se "interessados em evitar uma escalada da crise e prontos a dinamizar esforços para restaurar a paz e a ordem" no território em guerra. 

Xi Jinping terá ainda dito que o Ocidente deve "parar de usar a economia mundial como ferramenta" e "tomar medidas que realmente promovam um cessar-fogo", de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV.

A Bielorrússia, por sua vez, afirma concordar "plenamente" com as propostas da China para a resolução da "crise" na Ucrânia e a defesa da "segurança internacional". As decisões políticas feitas neste contexto "devem ter como principal objetivo a prevenção de um confronto global que não terá vencedores", disse Lukashenko, citado pela agência de notícias bielorrussa Belta. 

O plano do governo chinês, divulgado no dia 23 de fevereiro, pretende alcançar a paz através de uma via diplomática em vez da batalha no terreno. Evita, também, condenar qualquer uma das partes ou invocar algumas das preocupações mais prementes no conflito, como a perda de território ou o armamento da Ucrânia pelos países da NATO. A revelação deste plano foi criticada pelos líderes ocidentais, que acusaram a China de ter já tomado o partido da Rússia. No entanto, além da Rússia, também o presidente Volodymyr Zelensky admitiu estar de acordo "com alguns pontos do plano" chinês, como a preservação da "integridade territorial" da Ucrânia. 

A viagem de Alexander Lukashenko a Pequim surge após os dois líderes concordarem em reforçar os laços dos seus países para uma "parceria estratégica global", durante uma reunião de setembro à margem da cimeira da Organização para a Cooperação de Xangai, no Uzbequistão, à qual Putin também assistiu.

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