Covid-19: China assegura fornecer todas as informações à OMS - TVI

Covid-19: China assegura fornecer todas as informações à OMS

  • Agência Lusa
  • PF
  • 22 dez 2022, 12:50
Covid-19 na China (EPA)

No início de dezembro, as autoridades chinesas retiraram grande parte das medidas draconianas que constituíam a sua estratégia de tolerância zero contra a covid-19, alegando que nesta “nova situação” o vírus causa menos mortes

A China assegurou esta quinta-feira que sempre informou a Organização Mundial de Saúde (OMS) de “forma atempada, aberta e transparente” sobre a covid-19, em resposta a preocupações manifestadas pelo respetivo diretor-geral sobre a pandemia no país.

Tedros Adhanom Ghebreyesus disse, na quarta-feira, que a OMS estava muito preocupada com a evolução da pandemia na China e que precisa de mais informações sobre hospitalizações e internamentos em unidades de cuidados intensivos para fazer uma avaliação precisa.

Num único comentário às declarações do diretor-geral da OMS, a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, disse que a China tem dado todas as informações à OMS sobre a situação no país.

“Desde que começou a covid, o lado chinês tem partilhado informações sobre a epidemia de forma atempada, aberta e transparente, de acordo com a lei, e informado a OMS sobre a situação da covid na China”, disse Mao, de acordo com a transcrição da sua conferência de imprensa regular.

No início de dezembro, as autoridades chinesas retiraram grande parte das medidas draconianas que constituíam a sua estratégia de tolerância zero contra a covid-19, alegando que nesta “nova situação” o vírus causa menos mortes.

O fim dos testes PCR de rotina obrigatórios para a maioria da população resultou recentemente na deteção de um número significativamente menor de casos, noticiou a agência espanhola EFE.

Nos últimos dias, foram levantadas dúvidas relativamente aos dados sobre vítimas mortais fornecidos pelas autoridades de saúde, que passaram a incluir apenas os casos de pneumonia ou insuficiência respiratória no seu número oficial de mortes por covid-19.

As mortes que ocorrem em doentes com doenças preexistentes não são contadas como mortes por covid-19, disse Wang Guiqiang, chefe no Hospital n.º 1 da Universidade de Pequim, na quarta-feira, citado pela agência norte-americana AP.

O novo critério de contagem fez com que apenas tenham sido contabilizadas seis mortes por covid-19 desde o levantamento, no início de dezembro, das restrições impostas pela política de tolerância zero.

No início da semana, vários crematórios na China admitiram estar sobrecarregados devido à nova onda de casos de covid-19, apesar de o número oficial de mortos ser reduzido.

O levantamento das restrições seguiu-se a protestos em várias partes do país na sequência da morte de dez pessoas num edifício em Urumqi (noroeste) sob medidas de confinamento que terão demorado o socorro dos bombeiros.

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