"Não se deixem enganar: um conflito no Estreito de Taiwan seria devastador”: EUA alertam para riscos da escalada da tensão com a China - TVI

"Não se deixem enganar: um conflito no Estreito de Taiwan seria devastador”: EUA alertam para riscos da escalada da tensão com a China

O ministro da Defesa chinês, por sua vez, garante que Pequim não vai “de maneira alguma” renunciar ao uso da força para alcançar a reunificação com Taiwan, nem tolerar que Taipé procure apoio internacional para conseguir a independência do território

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Os EUA não têm dúvidas de que um eventual conflito no Estreito de Taiwan seria "devastador" para o mundo inteiro, sobretudo ao nível da economia global, onde teria um impacto "inimaginável".

“O mundo tem interesse em manter a paz e a estabilidade no Estreito de Taiwan. A segurança das rotas marítimas comerciais e das cadeias de abastecimento depende disso. Tal como depende a liberdade de navegação em todo o mundo. Não se deixem enganar: um conflito no Estreito de Taiwan seria devastador”, advertiu o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, que intervinha no Diálogo de Shangri-La, conferência anual sobre segurança na Ásia, que decorreu em Singapura.

Para Lloyd Austin, porém, um conflito no Estreito de Taiwan "não é iminente nem evitável", uma vez que “a dissuasão é hoje muito forte”. “E o nosso trabalho é garantir que assim continue", defendeu, citado pela CNN.

Mais tarde, o secretário de Defesa norte-americano foi questionado pelos jornalistas sobre os riscos de uma escalada das tensões entre China e Taiwan, sublinhando que “um conflito no Estreito de Taiwan iria afetar a economia global de forma inimaginável”.

Pouco depois da intervenção de Lloyd Austin, o tenente-general do Exército de Libertação do Povo Chinês, Jing Jianfeng, acusou o secretário de Defesa dos EUA de fazer comentários "completamente errados" sobre a situação de Taiwan. Em declarações à emissora estatal chinesa CCTV, Jing Jianfeng foi mais longe e disse mesmo que Washington está a tentar "consolidar a hegemonia e provocar confrontos" na região.

China garante que não vai renunciar ao uso da força em Taiwan

Na sexta-feira, o ministro da Defesa chinês afirmou que Pequim não vai “de maneira alguma” renunciar ao uso da força para alcançar a reunificação com Taiwan, nem tolerar que Taipé procure apoio internacional para conseguir a independência do território.

A posição de Li Shangfu foi transmitida ao ministro da Defesa de Singapura, Ng Eng Hen, revelou o porta-voz do exército chinês, Tan Kefei, em comunicado.

O ministro mencionou especificamente o Partido Democrático Progressista, atualmente no poder em Taiwan e pró-independência, numa altura em que a ilha se está a preparar para realizar eleições presidenciais, em janeiro.

China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas. Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.

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