Xi Jinping foi este domingo reconduzido para um inédito terceiro mandato de cinco anos como líder da China, durante o 20.º Congresso do Partido Comunista do país.
Eleito pela primeira vez em 2013, Xi aproveitou este evento para reforçar os seus poderes dentro do partido, renovando também o seu cargo de comandante do Exército de Libertação Popular.
No discurso após a confirmação da renovação do mandato, Xi Jinping voltou a falar do seu objetivo principal, o “rejuvenescimento da nação chinesa”.
"No caminho que temos pela frente, independentemente dos ventos fortes, águas agitadas, ou mesmo tempestades perigosas, as pessoas serão sempre o nosso mais sólido apoio e a nossa mais forte confiança. O mundo enfrenta hoje desafios sem precedentes. A enormidade da tarefa é o que a torna grande e infinitamente gloriosa", afirmou Xi, citado pela CNN Internacional.
O presidente elogiou a “luta” do povo chinês “no caminho para a modernização”, afirmando que o país deve lembrar sempre a “devoção e o sacrifício” das “sucessivas gerações de chineses que se dedicaram a esse objetivo”.
Numa mensagem para o exterior, Xi Jinping referiu também que a China deve estar “em alerta máximo” para os desafios que pode vir a enfrentar “como um aluno a estudar para uma infinidade de exames, considerando que o partido “só se pode tornar invencível se se comprometer em reformar-se a si próprio, independentemente do seu passado glorioso”.
"O desenvolvimento da China não pode deixar o mundo e o desenvolvimento do mundo também precisa da China", disse o líder.
O último dia do Congresso viu também Li Qiang, o secretário do partido em Shanghai, ser eleito primeiro-ministro do país, sucedendo a Li Keqiang, de 67 anos, que irá abandonar o cargo em março após dois mandatos.
O Comité Permanente do Politburo do partido também se renovou, sendo agora composto por membros totalmente alinhados com a visão de Xi. Para além de Xi, foram reeleitos para este órgão Zhao Leji, líder do organismo anticorrupção do partido, e Wang Huning, um dos principais teóricos do partido. As caras novas, para além do primeiro-ministro Li Qiang, são Ding Xuexiang, chefe de gabinete do presidente, Cai Qi, secretário do partido na capital, e Li Xi, líder da província de Guangdong.
Outro dado a reter é a ausência de mulheres no Politburo pela primeira vez em 25 anos. Sun Chunlan, a única mulher membro deste órgão na última legislatura, retirou-se aos 72 anos, três anos para lá do limite formal imposto pela Constituição do partido. O Politburo também viu o seu número de membros reduzir de 25 para 24.