Clóvis Abreu, suspeito de ter participado no homicídio do agente da PSP Fábio Guerra à porta da discoteca MOME, em Lisboa, e que estava em fuga há um ano e meio, entregou-se esta manhã no Ministério Público no Campus de Justiça.
O suspeito chegou ao Campus de Justiça acompanhado do advogado, Aníbal Pinto, e foi formalmente detido.
"Não quero falar", afirmou Clóvis Abreu aos jornalistas presentes no Campus de Justiça.
O suspeito será agora levado pela Polícia Judiciária para diligências de prova esta segunda-feira, apurou a CNN Portugal. Será, nomeadamente, sujeito a um reconhecimento pessoal por parte de testemunhas do homicídio do agente da PSP Fábio Guerra à porta da discoteca MOME, há um ano e meio.
“Há um ano e meio o senhor Clóvis Abreu fez um requerimento a dizer que se queria apresentar e aguardou que fosse marcado. Houve uma dificuldade de comunicação, um engano, não sei o que aconteceu… Nunca recebeu um requerimento a dizer para se apresentar. Portanto, tornou a fazer outro requerimento, teve a resposta e hoje apresentou-se”, explicou o advogado, Aníbal Pinto, acrescentando que o cliente "estava perfeitamente ciente de que poderia e deveria ser detido". "Amanhã, o juiz de instrução vai aplicar uma medida de coação, aguardaremos. Para que ele seja privado de liberdade é preciso que exista um dos pressupostos… Não há perigo de fuga, não há perigo de continuação da atividade criminosa, não há perigo de perturbação de inquérito”.
Clóvis Abreu, que estava fugido desde a data do crime, está indiciado por homicídio qualificado em coautoria com dois ex-fuzileiros que entretanto foram julgados e condenados. O terceiro suspeito, agora detido, será presente esta terça-feira a tribunal e arrisca ficar em prisão preventiva a aguardar julgamento.