O conselho de administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) determinou esta terça-feira "a suspensão da negociação das ações Futebol Clube do Porto - Futebol, SAD, aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado", lê-se num comunicado divulgado online.
O clube prestou entretanto a informação solicitada: em comunicado enviado à CMVM é explicado que o FC Porto está a preparar um financiamento de 250 milhões e que espera "injeção de capital por um montante estimado entre os 60 e 70 milhões de euros" por causa do estádio.
"A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, nos termos do artigo 29º Q do Código dos Valores Mobiliários, vem, na sequência da entrevista do seu presidente, informar o mercado que espera fechar definitivamente o contrato com uma reputada empresa internacional, com reconhecida experiência na otimização das receitas comerciais relacionadas com grandes equipamentos desportivos, até 30 de junho de 2024. Sendo esta parceria consubstanciada na participação minoritária numa das empresas com os direitos comerciais do Grupo FC Porto, através da injeção de capital por um montante estimado entre os 60 e 70 milhões de euros, como anteriormente comunicado ao mercado, a sociedade irá elevar assim os capitais próprios em igual montante. Mais informa que apesar de não ter ainda fechado um financiamento neste sentido, a Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD está a negociar uma reformulação a sua dívida de médio e longo prazo, num montante estimado de 250 milhões de euros, a uma taxa de juro competitiva em termos de mercado", lê-se no comunicado.
A 28 de março, último dia em que negociaram, as ações da Porto SAD fecharam estáveis nos 1,15 euros, com 20 títulos a mudarem de mãos.
A suspensão acontece após uma entrevista de Jorge Nuno Pinto da Costa à SIC sobre vários assuntos do clube, entre os quais a situação financeira da SAD e ainda o acordo relativo ao Estádio do Dragão.
As eleições do FC Porto estão marcadas para o dia 27 deste mês e há três candidatos: Pinto da Costa, André Villas-Boas e Nuno Lobo.