Afinal, preços dos combustíveis não desceram esta semana (e a "culpa" é das alterações fiscais) - TVI

Afinal, preços dos combustíveis não desceram esta semana (e a "culpa" é das alterações fiscais)

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  • Mónica Silvares
  • 7 jun 2023, 08:38
Combustíveis (EPA)

Nas bombas estão a ser cobrados, em média, 1,439 euros por litro de gasóleo e 1,664 euros por litro de gasolina. O mesmo que na semana anterior. Mudanças na fiscalidade anularam descidas esperadas

Afinal, em média, os preços dos combustíveis não mexeram esta semana sobretudo devido às alterações à fiscalidade introduzidas pelo Executivo.

Os dados preliminares apontavam para que, quando fosse abastecer o carro esta segunda-feira, pagasse menos 2,5 cêntimos por litro de gasolina e 0,5 cêntimos de gasóleo. Mas o Executivo, apesar de ter mantido o desconto no Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP), atualizou a taxa de carbono em cerca de dois cêntimos em ambos os combustíveis, o que anulou as descidas esperadas inicialmente pelo mercado.

Os dados da Direção-Geral de Energia e Geologia revelam que, afinal, em termos médios, os preços do diesel baixaram apenas 0,1 cêntimos, enquanto os da gasolina não sofreram qualquer alteração face à semana anterior.

Assim, nas bombas estão a ser cobrados, em média, 1,439 euros por litro de gasóleo (o mesmo que na semana anterior, porque a descida não tem reflexo) e 1,664 euros por litro de gasolina.

O Governo justificou as alterações na fiscalidade com o facto de o preço de referência do gasóleo e da gasolina estar “atualmente abaixo do preço verificado em outubro de 2021, que justificou as medidas iniciais de mitigação ao nível do ISP” e o consumo de combustíveis ter aumentado, contrariando os objetivos ambientais assumidos pelo Executivo. Além disso, “a tributação dos combustíveis em Portugal está significativamente abaixo da média ponderada da Zona Euro: 16% no gasóleo e 11% na gasolina”, sublinhou o Ministério das Finanças em comunicado.

São múltiplas as vozes na Comissão Europeia que têm pressionado o Executivo a reduzir os apoios à energia e, por isso, de mês para mês têm surgido alterações nesse sentido.

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