Nova tendência: os portugueses estão a voltar às lojas - TVI

Nova tendência: os portugueses estão a voltar às lojas

  • ECO - Parceiro CNN Portugal
  • Diogo Ferreira Nunes
  • 11 mar 2023, 16:00
Compras online (Pexels)

Nível de compras pela internet baixou e regressou praticamente ao patamar pré-pandemia. Compras em segunda mão estão a crescer com o fator preço a ser determinante nesta opção

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Há menos portugueses a usarem a internet para fazerem compras. Com o final da pandemia, as encomendas online voltaram praticamente aos níveis de 2019. Ao mesmo tempo, há cada vez mais preocupação com os preços e maior atenção aos produtos em segunda mão. As conclusões constam do barómetro e-Shopper de 2022, elaborado pela distribuidora DPD e que contou com a participação de 1.000 portugueses entre praticamente 24 mil inquiridos em 22 países da Europa.

Em 2022, a percentagem dos inquiridos que recorreram ao e-commerce baixou para 66%. São oito pontos percentuais abaixo do registo de 2021 (74%) e apenas um ponto percentual acima da dimensão de 2019, antes da pandemia. Portugal está abaixo da média europeia, de 77%. “Esta quebra é o espelho do regresso dos consumidores às lojas físicas”, considera o líder da DPD Portugal, Olivier Establet.

“Temos assistido a uma tendência, em todo o mundo, de criação de novas experiências de compra em lojas físicas, com os comerciantes a apostar em espaços e dinâmicas geradoras de maior envolvimento com o consumidor”, justifica o também vice-presidente executivo do DPDgroup.

Nas lojas virtuais, os portugueses apostam sobretudo nos segmentos de moda (61% das compras), beleza/saúde (50%) e também no calçado (43%). Nas categorias de moda e de beleza, as compras lusitanas estão acima da média europeia, de 59% e de 48%, respetivamente. Em 2022, a idade média dos internautas que encomendam artigos foi de 41,5 anos, abaixo dos 42,4 anos da média comunitária. Apenas 2% dos participantes estrearam-se nas compras digitais no último ano.

Preço na mira

Com a taxa de inflação média a atingir os 7,8% em 2022, travar os aumentos da despesa foi uma das prioridades no orçamento das famílias. Por conta disso, mais de sete em cada 10 compradores (72%) inquiridos apontaram o preço como fator determinante na hora de encomendar os produtos.

Praticamente dois terços (65%) dos participantes que compram regularmente pela internet consideram que esta escolha permite poupar dinheiro. Há 46% dos entrevistados que esperam pelos grandes descontos do Black Friday ou das lojas físicas.

O fator preço também explica a aposta cada vez maior na aquisição de produtos em segunda mão, com a frequência média de oito vezes por ano. Neste segmento, a preferência dos compradores vai para as plataformas em que os consumidores vendem produtos entre si, que custam menos do que os bens por estrear. Do lado dos vendedores, 73% dos inquiridos escolhe este mercado para libertar espaço em casa, 68% quer desfazer-se de artigos em boas condições que nunca usou e 65% acredita poder ganhar dinheiro a mais.

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