Bónus da CEO da TAP pode chegar aos 3 milhões de euros mas nunca vir a ser pago - TVI

Bónus da CEO da TAP pode chegar aos 3 milhões de euros mas nunca vir a ser pago

CNN Portugal confirmou que a contratação da Christine Ourmières-Widener foi levada a assembleia-geral e aprovada com conhecimento das condições remuneratórias mas o prémio não terá sido oficialmente ratificado

Há mais uma polémica na TAP. O contrato que prevê que a CEO da TAP,  Christine Ourmières-Widener, receba um bónus milionário caso cumpra o plano de reestruturação até 2025 pode não ser válido.

A notícia é avançada pelo Jornal Económico na edição desta sexta-feira e já foi confirmada pela CNN Portugal. O semanário teve acesso a este contrato, que tem sido escondido quer pelo Governo quer pela própria companhia aérea.

Quando foi contratada, Christine Ourmières-Widener estabeleceu condições que lhe garantem um bónus que pode chegar aos 3 milhões de euros, valor que era desconhecido até agora. 

Mas uma das alíneas impõe que, para ser válido, este contrato tenha de ser aprovado em assembleia-geral da TAP e isso não terá acontecido. Ou seja, nenhuma das condições assinadas entre as partes estará válida neste momento.

A CNN Portugal confirmou que a contratação da Christine Ourmières-Widener foi levada a assembleia-geral e aprovada com conhecimento das condições remuneratórias, mas o prémio não terá sido oficialmente ratificado. Em causa está um contrato de administração válido para o mandato de quatro anos, contrato esse que remete para um outro contrato de gestão que definira os objetivos do mandato. 

Estes desenvolvimentos mostram que o acionista Estado representado pelos ministérios das Infraestruturas e das Finanças tiveram conhecimento do salário dos administradores, ao contrário do que aconteceu com a indemnização milionária de Alexandra Reis, que não foi conhecida pelo Ministério de Fernando Medina. 

Resta saber se o acionista Estado voltará atrás no que foi prometido à CEO  e se pretende não lhe pagar o prémio, caso em que tudo pode acabar em tribunal. Se pagar o prémio na íntegra, Christine Ourmières-Widener quase duplica a sua remuneração. A CEO da TAP aufere um rendimento fixo anual de cerca de €500.000.  

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