Aviões de guerra da Coreia do Sul e dos Estados Unidos fizeram esta terça-feira exercícios militares em resposta ao lançamento de um míssil pela Coreia do Norte, pela primeira vez desde 2017, avança a agência Reuters. A informação foi divulgada por fonte militar de Seul.
A Coreia do Norte lançou esta manhã um míssil balístico que sobrevoou o Japão e fez as autoridades nipónicas emitir um alerta às populações das regiões mais a norte do país, recomendando-lhes que se abrigassem. O alerta foi emitido depois das sete da manhã, hora de Tóquio (depois das 11 da noite em Lisboa) e levou a uma suspensão das operações ferroviárias no norte do Japão. Nas regiões de Hokkaido e Aomori a East Japan Railway suspendeu temporariamente a circulação de comboios.
Os Estados Unidos já tinham alertado que estavam a preparar, com o Japão e a Coreia do Sul, uma "resposta robusta" ao lançamento do míssil balístico norte-coreano sobre o Japão.
O conselheiro para a Segurança Nacional dos EUA, Jack Sullivan, encontrou-se separadamente com os homólogos sul-coreano e japonês para desenvolver uma "resposta internacional apropriada e robusta" e reafirmar o "compromisso de ferro" dos Estados Unidos na defesa do Japão e da Coreia do Sul, disse a porta-voz Adrienne Watson.
O Comando Ásia-Pacífico dos EUA condenou o disparo do míssil balístico e garantiu que os "compromissos de Washington com a defesa do Japão e da Coreia do Sul continuam inabaláveis". "Os Estados Unidos condenam estas ações e apelam à Coreia do Norte para que se abstenha de novos atos ilegais e desestabilizadores", acrescentou.
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, também já prometera "uma resposta firme".
O disparo do míssil, que sobrevoou o norte do Japão, desencadeou os primeiros alertas em cinco anos para moradores, aos quais foi pedido para abandonarem edifícios, de acordo com o governo japonês.
Este disparo é a quinta ronda de testes de armas da Coreia do Norte nos últimos dez dias, numa aparente resposta aos exercícios militares entre Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos, decorridos no final do mês passado, pela primeira vez em cinco anos.