Covid-19: OMS discute com autoridades chinesas explosão de casos e pede dados - TVI

Covid-19: OMS discute com autoridades chinesas explosão de casos e pede dados

  • Agência Lusa
  • DCT
  • 31 dez 2022, 01:02
Covid-19 na China (AP Photo/Ng Han Guan)

Da mesma forma, a OMS ofereceu o seu apoio em todas as ações que sugere, bem como na comunicação para combater a suspeita que possa existir entre as pessoas em relação à vacinação

Relacionados

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou esta sexta-feira que participou numa reunião de alto nível com duas organizações de saúde chinesas, para discutir a explosão de casos de covid-19 naquele país e solicitar dados em tempo real.

Em comunicado, a OMS divulgou que participaram na reunião com especialistas da sua organização representantes da Comissão Nacional de Saúde da China e da Agência Nacional de Controlo e Prevenção de Doenças, que explicaram a estratégia e as ações que o governo chinês está a realizar nas áreas de epidemiologia, monitorização das variantes, vacinação ou atendimento clínico, entre outros.

Os especialistas da OMS pediram às autoridades chinesas que informasse regularmente e em tempo real sobre a situação epidemiológica no seu país, destacou o organismo da ONU.

As informações solicitadas devem incluir dados sobre sequências genéricas e o impacto da doença no país.

Entre os dados solicitados estão as estatísticas de internamentos, internamentos em unidades de cuidados intensivos, óbitos, bem como o número de vacinas administradas e a situação vacinal da população, principalmente entre os maiores de 60 anos.

A OMS reiterou aos representantes chineses que a vacinação e as doses de reforço são importantes para prevenir o desenvolvimento grave da doença e o risco de morte.

Da mesma forma, a OMS ofereceu o seu apoio em todas as ações que sugere, bem como na comunicação para combater a suspeita que possa existir entre as pessoas em relação à vacinação.

A Comissão Europeia reconheceu esta sexta-feira o aumento “alarmante” de casos de covid-19 na China e recomendou medidas de vigilância aos Estados-membros, como a sequenciação de amostras.

Países adotam medidas de prevenção. Portugal está a preparar-se

Perante a explosão de casos de covid-19 na China, França e Reino Unido juntaram-se esta sexta-feira à Itália e Espanha entre os países europeus que impuseram restrições, enquanto a União Europeia (UE) não conseguiu falar a uma só voz sobre este assunto.

O governo português está a preparar medidas de controlo da covid-19 para passageiros provenientes da China, a implementar caso sejam necessárias, anunciou hoje o ministro da Saúde, recusando “alarmismos” face ao recente aumento de infeções na população chinesa.

Segundo disse esta sexta-feira o governante, o governo está a acompanhar a evolução da covid-19 na China, que “constitui um motivo de preocupação”, mantendo um “diálogo estreito com os outros países europeus, designadamente no quadro da União Europeia e com os organismos sanitários internacionais”.

De acordo com Manuel Pizarro, há apenas um voo direto semanal que aterra em Portugal proveniente da China, mas está a ser avaliada a possibilidade de medidas de controlo de passageiros de voos com escalas noutros países.

Fora da UE, países como Estados Unidos, Coreia do Sul, Malásia, Japão e Israel também já adotaram medidas face ao aumento de casos na China, noticiou a agência Efe.

O Presidente chinês, Xi Jinping, justificou a mudança de estratégia na luta contra a pandemia de covid-19 com a necessidade de "otimizar" medidas para proteger a saúde da população, minimizando os efeitos económicos que possam daí resultar.

Xi, que até agora não se tinha pronunciado sobre o levantamento abrupto, no início de dezembro, das principais medidas para conter os contágios pelo coronavírus no gigante asiático, falou esta sexta-feira durante um ato político em que celebrou sucessos deste último ano.

As autoridades chinesas reconheceram um aumento de infeções após o levantamento da maioria das restrições no início deste mês, mas analistas internacionais acreditam que o número real de doentes e mortos é consideravelmente superior à contagem oficial.

Continue a ler esta notícia

Relacionados