A cidade suíça de Davos volta a receber o encontro anual do Fórum Económico Mundial, que arranca esta segunda-feira e se prolonga até 20 de janeiro, sendo assim a primeira vez desde a pandemia que ocorre no início do ano, como era habitual. Sob o mote “Cooperação num mundo fragmentado”, mais de 2.700 políticos, executivos, banqueiros e académicos vão juntar-se para discutir o futuro da economia global, num encontro que vai contar com a presença de portugueses como Mário Centeno e António Guterres, bem como os presidentes da EDP e da Galp.
Entre os participantes encontram-se 19 líderes de bancos centrais e 56 ministros das Finanças, bem como cerca de 1.500 líderes empresariais, com mais de 600 diretores executivos de empresas de diversos setores. O chanceler alemão, Olaf Scholz será o único líder do G7 presente, mas as maiores economias do mundo não vão deixar de enviar delegações para Davos. Dos EUA, por exemplo, vai o secretário do Trabalho, Marty Walsh, a representante do Comércio, Katherine Tai e ainda John Kerry.
O evento vai contar com a presença de portugueses como António Guterres, secretário-geral da ONU, que vai tomar a palavra num discurso, bem como Mário Centeno, governador do Banco de Portugal. Centeno vai até participar num painel sobre a preparação para uma recessão, na manhã de terça-feira (17 de janeiro). Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, também volta aos Alpes este ano, falando num painel sobre a “atração de talento”. Outra presença portuguesa será o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, bem como o CEO da Galp, Filipe Silva, confirmou ao ECO fonte oficial da empresa — até porque os temas energéticos (e alimentares) são o primeiro dos cinco pilares de discussão –, mas também o professor António Serrano, membro da direção executiva da Jerónimo Martins e CEO da Jerónimo Martins Agro-Alimentar, adiantou o grupo ao ECO.
.@antonioguterres, @UN Secretary-General, will join the @wef’s Annual Meeting 2023 on 16-20 January to discuss how private-public collaboration can overcome global challenges. https://t.co/pmGTXzFmJD #wef23 pic.twitter.com/ZUUjbY0y0L
— World Economic Forum (@wef) January 10, 2023
Em Davos, vai ser possível ver caras como a da primeira-ministra da Finlândia, do Presidente da República da Coreia, do Presidente da Moldávia, do ministro dos Negócios Estrangeiros da Arábia, do vice-primeiro-ministro chinês Liu He, o taoiseach da Irlanda, do primeiro-ministro da Grécia, do primeiro-ministro da Bélgica, do primeiro-ministro de Espanha e do primeiro-ministro da Croácia.
As líderes das instituições europeias — Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia e Christine Largarde, presidente do BCE — encontrar-se-ão também na estância de ski suíça (que deverá ter menos neve este ano devido às temperaturas mais quentes que o normal), sendo que Von der Leyen será acompanhada por dez comissários europeus.
Lagarde vai participar num painel no último dia do evento sobre as perspetivas económicas globais, com a diretora geral do FMI, Kristalina Georgieva, o ministro das Finanças francês Bruno Le Maire e o professor Lawrence H. Summers. Já o comissário europeu Valdis Dombrovski participa numa discussão sobre “Mapear as trajetórias da Rússia”, enquanto Paolo Gentiloni, comissário europeu com a pasta da Economia, faz parte de um painel sobre expansão orçamental com Gita Gopinath, do FMI, e o ministro das Finanças da Tailândia.
Outros nomes relevantes incluem ainda os líderes da Organização Mundial do Comércio, da NATO e da Organização Mundial da Saúde.
Quanto às empresas, são esperados o CEO da BlackRock, Larry Fink; o presidente e co-CEO da Salesforce, Marc Benioff; e o presidente da Bain & Company, Orit Gadiesh. O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, também planeia participar, de acordo com o Financial News London.