Donald Trump concordou pagar 200 mil dólares (cerca de 185 mil euros) de caução e outras condições de libertação, depois de os seus advogados terem estado com o procurador do condado de Fulton, no estado da Geórgia, avança a CNN Internacional. O antigo presidente dos Estados Unidos tinha até sexta-feira para se apresentar num tribunal em Atlanta e pagar a caução que o deixa livre enquanto espera pelo julgamento, tal como acontece com outros 18 suspeitos que estão indiciados no mesmo caso.
Entre as outras condições acordadas estão a garantia de que Donald Trump não vai tentar ameaçar ou intimidar testemunhas relacionadas com o caso, que está relacionado com a votação para as eleições de 2020 naquele estado, e pelo qual o republicano está acusado de 13 crimes, entre os quais estão extorsão e falso testemunho.
"O acusado não deve agir para intimidar qualquer pessoa para ser sua testemunha no caso ou para obstruir [informação] à justiça", pode ler-se no documento que deu entrada no tribunal.
Trata-se de um acordo que surge no caso da alegada extorsão de fundos em que o antigo presidente dos Estados Unidos e várias pessoas a ele relacionadas estão sob suspeita.
Este é um dos quatro processos em que Donald Trump enfrenta acusações criminais, mas esta foi a primeira vez que o ex-presidente correu sérios riscos de detenção.
Esta quarta acusação foi conhecida a 14 de agosto, quando o procurador do condado de Fulton deu entrada a 13 supostos crimes cometidos pelo ex-presidente. Em causa estão alegadas tentativas para reverter o resultado das eleições no estado da Geórgia nas eleições de 2020, que acabaram por nomear Joe Biden como presidente.