Apesar de o Estado Islâmico ter reivindicado quase todos os ataques, isso não quer dizer que seja mesmo o cérebro dos mesmos.
Alguns terroristas têm ligações extremistas, sendo simpatizantes ou mesmo militantes; outros atuaram de forma mais isolada. No caso de Nice, por exemplo, não há prova de que tenha sido planeado, com apoio logístico, ou diretamente executado pelo também chamado Daesh. Já se percebeu que faz parte da estratégia de medo do grupo extremista dar a impressão de poder e ameaça, ao dizer que foi quem esteve por detrás de tudo.
No ataque de março, em Londres, nova reivindicação e notícias de que o autor do ataque se tinha radicalizado, mas a polícia disse que isso não passava de especulação.
No caso deste último ataque em Barcelona, os terroristas eram tidos por pessoas "normais" e terá sido o imã de Ripoll que os terá radicalizado.
Um destes ataques, o segundo de Londres, foi diferente em termos de motivações religiosas. É o reverso da medalha e da generalização: a islamofobia. Os alvos, dessa vez, foram pessoas que saíam de uma mesquita.
Também em Barcelona, no dia a seguir ao atentado houve uma manifestação de extrema-direita contra os muçulmanos, mas também uma contramanifestação.
A Europol constatou que as contas pró-Estado Islâmico, nas redes sociais, celebraram o ataque em Nice e deram como certo que o Estado Islâmico estivesse por trás, o que não se confirmou.
Mensagens relacionadas - muitas das quais foram feitas de forma coordenada - expressaram a crença de que o ISIS era responsável pelo ataque, antes do ataque ter sido reivindicado por qualquer grupo".