Depois do documentário da Netflix, Harry e Meghan querem uma "cimeira real" seguida de um pedido de desculpas - TVI

Depois do documentário da Netflix, Harry e Meghan querem uma "cimeira real" seguida de um pedido de desculpas

Príncipes William e Harry saúdam o povo com as mulheres (AP)

Acusações de racismo continuam a gerar grande celeuma

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Os duques de Sussex querem uma "cimeira real" seguida de um pedido de desculpas da "instituição" depois de terem revelado o que os levou a afastarem-se da família real e do Reino Unido, avança o Sunday Times. O documentário na Netflix dos duques de Sussex trouxe a público várias histórias da família real sobre as quais há muito se especulava, entre as quais como teria sido a Sandrigham Summit, a reunião que aconteceu quando Harry e Meghan se iriam afastar dos deveres reais. "Foi assustador assistir ao meu irmão a gritar comigo, o meu pai a dizer mentiras e a minha avó ali sentada sem dizer nada e a processar tudo", revelou Harry, naquilo que o jornal Daily Star considerou uma "quebra de privacidade do homem mais privado do mundo".

Agora, Harry e Meghan, os mesmos que acusam a "instituição" (termo usado pelo príncipe durante todo o documentário para se referir à Família Real Britânica) de os ter colocado em risco e obrigado a mudarem-se para o Canadá para se conseguirem afastar da perseguição da imprensa britânica, querem "sentar-se com a família real" e tratar dos assuntos que são abordados na série da Netflix. A exigência de um pedido de desculpas ganha força depois de o Palácio de Buckhingham ter anunciado que Susan Hussey, a assistente real acusada de racismo, se encontrou com Ngozi Fulani, fundadora da organização "Sistah Space" - que oferece apoio a mulheres vítimas de violência doméstica e que revelou que Hussey a questionou repetidas vezes, durante um encontro no Palácio, de onde é que era "realmente natural" por causa do seu tom de pele, para esclarecer e "pedir desculpas pelos comentários feitos".

Susan Hussey e Ngozi Fulani (Royal Communications)

"Não foi feito nada deste género quando Harry e Meghan levantaram várias preocupações – nenhuma reunião, pedido formal de desculpas ou assumir responsabilidade ou prestação de contas. Isso é difícil de engolir – 100% sim, eles gostariam de ter uma reunião”, revelou uma fonte próxima dos duques de Sussex ao Times, acrescentando que Harry e Meghan sentem que o tratamento de que foram alvo é merecedor de diálogo na família e de um pedido de desculpas do Palácio.

Com a coroação do rei Carlos III marcada para maio do próximo ano, fontes internas do palácio garantem à publicação que os duques estão a fazer de tudo para se reconciliarem com o monarca e o resto da família antes do evento. No entanto, o príncipe William - que Harry acusa de ter quebrado um pacto e de gritar com ele - terá feito saber que não tenciona falar com o irmão. 

Príncipe Harry e príncipe William

"As coisas têm estado muito tensas há já algum tempo. Há tristeza como as coisas estão atualmente com o irmão ... e está a chegar um livro de memórias", afirma a mesma fonte, lembrando que a 10 de janeiro é lançado o livro de memórias do príncipe Harry, intitulado "Na Sombra".

Mensagem de Natal do Rei foi gravada antes do segundo volume do documentário ser exibido

Perante a polémica com o documentário e depois de o Palácio de Buckingham e do Palácio de Kensington já terem feito saber que não vão fazer qualquer declaração sobre o mesmo, a expectativa está na mensagem de Natal do Rei. 

No entanto, sabe-se agora que a mensagem que é transmitida no dia 25 de dezembro, a primeira do rei Carlos III, foi gravada antes do segundo volume do documentário da Netflix ter sido exibido. 

Segundo o Sunday Telegraph, a mensagem foi gravada na terça-feira 13 de dezembro e fontes do palácio garantiram que o monarca terá referido os duques na mensagem. Recorde-se que na sua primeira declaração como rei, Carlos III mencionou Harry e Meghan na mensagem, expressando o seu amor pelo filho e pela nora.

A menção pode ainda indicar que, apesar do desejo dos britânicos de que os duques de Sussex sejam forçados a abdicar do título e sejam banidos da coroação do rei depois da "traição" que fizeram com as declarações no documentário da Netflix, tal não vá acontecer, avança o jornal britânico.

O documentário da Netflix teve dois volumes, nos quais Harry e Meghan contam como se conheceram, o seu dia a dia na família real, a perseguição de que foram alvo da imprensa britânica, o racismo vivido pela duquesa e o que os levou a afastarem-se da família real. Depois da exibição dos seis episódios, Harry e Meghan foram alvo de críticas, acusados de criarem uma "narrativa distorcida" e de causarem "quebra de laços" com a família real.

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