Há uma semana, estava o ministro da Economia a explicar o Orçamento do Estado, em Braga, quando uma notícia deu depois conta da possibilidade de o Governo poder cortar um dos subsídios (de férias ou de natal) num plano B, em caso de necessidade. O ministério da Economia desmentiu, mas o PSD voltou a pegar no assunto agora, durante o debate, na generalidade, do Orçamento do Estado para 2016. O governante Manuel Caldeira Cabral esclareceu de viva voz.
Começou por dizer que mais nenhum órgão de comunicação interpretou as suas palavras no sentido de não excluir cortar um dos subsídios, a não ser um, que depois lhe fez chegar a gravação. "Eu nunca referia a palavra subsídios, nem cortes".
Foi Sérgio Azevedo, deputado do PSD, que insistiu no assunto, questionando o ministro lendo, precisamente, aquele título de jornal. Caldeira Cabral continuou a resposta com ironia:
"Na resposta, se calhar fui mal interpretado, mas o que disse é que não havia medidas adicionais negativas. Olho com agrado para a dupla negativa do título. Bem, eu não excluí que marcianos aterrassem para a semana em Portugal. Não falei delas, nem em nenhum corte de subsídios, porque não tinha que falar".
Na mesma linha, o ministro das Finanças também já tinha prometido, durante o debate, que um plano B nunca poderia incluir o corte de salários nem de pensões.
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