Cotadas em bolsa: cada gestor ganha 300 mil/ano - TVI

Cotadas em bolsa: cada gestor ganha 300 mil/ano

Agência Financeira

Valor global das remunerações dos gestores das companhias cotadas em bolsa ascendeu aos 125 milhões de euros em 2009

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Cada gestor das empresas cotadas na NYSE Euronext Lisboa ganha, em média, quase 300 mil euros por ano. É que as remunerações globais dos administradores destas companhias chegaram aos 124,7 milhões de euros em 2009.

Durante a tarde, num seminário que a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) promoverá em Lisboa dedicado ao «Bom Governo das Sociedades», deverão ser divulgadas as remunerações individuais dos gestores das cotadas portuguesas.

De acordo com segundo os dados da CMVM a que a agência Lusa teve acesso, em média, cerca de 9,1 em cada 10 euros de remunerações pagas concretizou-se sob a forma de remunerações fixas (55,9%) ou variáveis (35,2%).

As restantes, menos comuns, reflectem fundamentalmente responsabilidades de médio e longo prazo (designadamente pensões) e representaram 8,8% do total de remunerações recebidas pelos administradores, considerando todo o perímetro de consolidação das respectivas empresas.

«As remunerações fixas assumiram particular relevância entre as empresas não integrantes do PSI20, representando 71,4% do total de remunerações dessas empresas. Nas empresas que adoptaram o Modelo Dualista, as remunerações variáveis corresponderam a 61,9% das remunerações totais», destacou o supervisor do mercado português.

Contudo, as duas empresas que adoptaram este modelo de governo tiveram comportamentos distintos. No caso da EDP, as remunerações variáveis atingiram 74,5 por cento do total de remunerações (o valor mais elevado registado nas empresas da amostra), enquanto no caso do BCP apenas houve remunerações fixas.

Em média, para a globalidade das empresas da amostra, a componente variável das remunerações dos membros executivos dos órgãos de administração foi de 40,0%.

As remunerações que reflectem responsabilidades de médio e longo prazo destacam-se pelo relevo que assumiram - cerca de 12% - entre as empresas não integrantes do PSI20 e as do Modelo Anglo-Saxónico. Em ambos os casos, os pagamentos baseados em acções e/ou outros instrumentos financeiros (cerca de 6% das remunerações totais) foram preponderantes.

As empresas do Modelo Dualista foram as que assumiram menos responsabilidades de médio e longo prazo (2,5% das remunerações totais).
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