Férias? Toca a trabalhar no Verão para fugir ao desemprego

Verão nem sempre é sinónimo de férias, praia e «papo para o ar». Há quem aproveite os meses em que o sol e o calor não dão descanso para percorrer quilómetros a servir cafés aos turistas. São na maioria jovens estudantes que querem ganhar uns trocos para ajudar a família ou para ter um extra para as suas próprias despesas.

O turismo é dos sectores com maior empregabilidade nesta altura do ano. «Procuram-nos sobretudo recém-licenciados, jovens vindos do ensino técnico-profissional, pessoas a quem já acabou o subsídio de desemprego e muitos estrangeiros», explicou a directora de recursos humanos da Accor (dona de cadeias como a Novotel, Sofitel ou Ibis», Isabel Heitor, ao «Jornal de Notícias». E, de facto, há quem esteja a receber do fundo de desemprego e o suspenda para não deixar escapar um trabalho de Verão.

Mas há outras «surpresas»: a agricultura, embora sem grande mediatismo, é um grande empregador nesta altura do ano: há muita fruta, tomate e produtos hortícolas para apanhar. E mais lá para a frente, no Outono, é tempo de ir para a vindima.

Prova de que há mais gente a trabalhar, ainda que por um período temporário, são as estatísticas do Eurostat que apontam para uma redução de 5.600 desempregados no mês de Junho.

Ainda assim, a taxa de desemprego continua elevada em Portugal, nos 10,8%. Estavam inscritos 551.868 desempregados nos centros de emprego em Junho, segundo os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Trabalho: Portugal é dos mais precários