O Eurogrupo aprovou esta segunda-feira o desembolso de 7.500 milhões de euros para a Grécia, valor que fica ainda dependente da aprovação pelo parlamento nacional e do cumprimento integral das medidas de consolidação acordadas.
«O Eurogrupo concluiu que se cumpriram os elementos necessários para a aprovação da próxima tranche por parte do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira [FEEF] no valor de 7.500 milhões de euros», adiantaram em comunicado os ministros das Finanças da Zona Euro.
O plano de ajuda prevê que o pagamento se faça em duas etapas: a primeira de 4.200 milhões de euros, que receberá luz verde assim que os procedimentos nacionais estiverem finalizados, e a segunda, no valor de 3.300 milhões de euros, será paga em junho.
O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, destacou o «progresso» da Grécia na implementação de reformas estruturais e o «grande esforço» dos cidadãos gregos.
Este esforço «tem sido tremendo», considerou o também ministro das Finanças da Holanda, que defendeu que os cidadãos gregos merecem que «conduza a resultados».
«A Grécia está a reduzir o seu défice, está a recuperar claramente a competitiva e o setor bancário tem-se vindo a estabilizar», declarou.
Sobre a Itália, os titulares com a pasta das Finanças na Zona Euro apelaram ao novo Governo para manter «o caminho» de reformas estruturais empreendidas pelo anterior executivo.
«Alertamos o novo Governo para manter o caminho da consolidação fiscal seguido pelas reformas do Governo anterior», disse o presidente do Eurogrupo.
Durante a reunião dos 17 ministros, o novo responsável pelas Finanças italianas, Fabrizio Saccomani, apresentou aos seus colegas as prioridades políticas do Governo liderado por Enrico Letta.
Também o «importante esforço» do Governo espanhol para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos do país foi elogiado, recomendando-se a manutenção do «impulso reformista».
«Reconhecemos que as autoridades [espanholas] fizeram importantes esforços para fazer frente aos desequilíbrios do país, mas é importante que a Espanha mantenha o impulso reformista», afirmou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.
Os próximos passos estão dependentes da avaliação da Comissão Europeia do plano nacional de reformas em Espanha, que voltará a ser analisado no final de maio, adiantou o também ministro das Finanças da Holanda.
Já o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, considerou as medidas anunciadas por Espanha representam «uma resposta política integral» com «propostas concretas» e calendários «bem definido»
No entanto, realçou, «é da máxima importância que Espanha continue tanto com as reformas estruturais como com a consolidação fiscal».
«Espanha tomou os passos adequados para criar as condições para uma recuperação sustentável e uma redução dos seus elevados níveis de desemprego», acrescentou.
O comissário finlandês considerou que o desemprego é claramente «o maior desafio para os políticos espanhóis», defendendo que «é preciso fazer tudo o que foi possível para superar este problema».
Eurogrupo aprova nova tranche de ajuda à Grécia de 7.500 milhões
- tvi24
- 14 mai 2013, 02:07
Esforços italianos e espanhóis elogiados
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