Eurogrupo aprova nova tranche de ajuda à Grécia de 7.500 milhões - TVI

Eurogrupo aprova nova tranche de ajuda à Grécia de 7.500 milhões

Eurogrupo dá mais 7 anos a Portugal e Irlanda

Esforços italianos e espanhóis elogiados

O Eurogrupo aprovou esta segunda-feira o desembolso de 7.500 milhões de euros para a Grécia, valor que fica ainda dependente da aprovação pelo parlamento nacional e do cumprimento integral das medidas de consolidação acordadas.

«O Eurogrupo concluiu que se cumpriram os elementos necessários para a aprovação da próxima tranche por parte do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira [FEEF] no valor de 7.500 milhões de euros», adiantaram em comunicado os ministros das Finanças da Zona Euro.

O plano de ajuda prevê que o pagamento se faça em duas etapas: a primeira de 4.200 milhões de euros, que receberá luz verde assim que os procedimentos nacionais estiverem finalizados, e a segunda, no valor de 3.300 milhões de euros, será paga em junho.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, destacou o «progresso» da Grécia na implementação de reformas estruturais e o «grande esforço» dos cidadãos gregos.

Este esforço «tem sido tremendo», considerou o também ministro das Finanças da Holanda, que defendeu que os cidadãos gregos merecem que «conduza a resultados».

«A Grécia está a reduzir o seu défice, está a recuperar claramente a competitiva e o setor bancário tem-se vindo a estabilizar», declarou.

Sobre a Itália, os titulares com a pasta das Finanças na Zona Euro apelaram ao novo Governo para manter «o caminho» de reformas estruturais empreendidas pelo anterior executivo.

«Alertamos o novo Governo para manter o caminho da consolidação fiscal seguido pelas reformas do Governo anterior», disse o presidente do Eurogrupo.

Durante a reunião dos 17 ministros, o novo responsável pelas Finanças italianas, Fabrizio Saccomani, apresentou aos seus colegas as prioridades políticas do Governo liderado por Enrico Letta.

Também o «importante esforço» do Governo espanhol para corrigir os desequilíbrios macroeconómicos do país foi elogiado, recomendando-se a manutenção do «impulso reformista».

«Reconhecemos que as autoridades [espanholas] fizeram importantes esforços para fazer frente aos desequilíbrios do país, mas é importante que a Espanha mantenha o impulso reformista», afirmou o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem.

Os próximos passos estão dependentes da avaliação da Comissão Europeia do plano nacional de reformas em Espanha, que voltará a ser analisado no final de maio, adiantou o também ministro das Finanças da Holanda.

Já o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, considerou as medidas anunciadas por Espanha representam «uma resposta política integral» com «propostas concretas» e calendários «bem definido»

No entanto, realçou, «é da máxima importância que Espanha continue tanto com as reformas estruturais como com a consolidação fiscal».

«Espanha tomou os passos adequados para criar as condições para uma recuperação sustentável e uma redução dos seus elevados níveis de desemprego», acrescentou.

O comissário finlandês considerou que o desemprego é claramente «o maior desafio para os políticos espanhóis», defendendo que «é preciso fazer tudo o que foi possível para superar este problema».
Continue a ler esta notícia