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ESFG pede proteção contra os credores

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Esta holding é a maior accionista do BES, com 20,1% do capital do banco

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A Espírito Santo Financial Group avançou com um pedido de gestão controlada no Luxemburgo, segundo um comunicado enviado à CMVM.

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«Devido ao facto de não estar em condições de cumprir as suas obrigações no âmbito do programa do papel comercial, nem as obrigações relacionadas com as suas dívidas», informa a nota.

Esta holding é a maior accionista do BES, com 20,1% do capital do banco.

O primeiro pedido deste género dentro do Grupo Espírito Santo foi feito pela Espírito Santo International, seguida da RioForte e agora da ESFG.

A ESFG sublinha, no comunicado enviado à CMVM, que a gestão controlada «é possível em situações em que existem perspetivas para os negócios da empresa que se encontra temporariamente em dificuldades e seja incapaz de cumprir as suas obrigações, de modo a permitir a sua reestruturação».

O objetivo do procedimento é «facilitar uma alienação faseada dos seus ativos servindo melhor os interesses de todos os credores».

Todos os procedimentos e atos, «mesmo os iniciados por credores privilegiados (incluindo credores com garantias e penhoras)» ficam suspensos até à decisão dos tribunais luxemburgueses.

As ações da Espírito Santo Financial Group estão suspensas há uma semana e a holding admitiu ontem que a sua exposição total ao Grupo GES era superior aos 2,35 mil milhões de euros que esperava.

No dia 18 de julho, a Espírito Santo International informou os seus credores que se candidatou ao regime de gestão controlada no Luxemburgo por não estar «em condições de cumprir as suas obrigações», no que respeita ao pagamento das dívidas.

A ESI é a holding de topo do GES e detém 100% da Rioforte, que controla participações financeiras e não financeiras, designadamente nas áreas de imobiliário, turismo, agricultura, saúde e energia.

Através da Rioforte, a ESI detém uma participação indireta (49%) na Espírito Santo Financial Group S.A (ESFG) que gere os interesses do Grupo no setor financeiro, nomeadamente no Banco Espírito Santo (BES) em Portugal, Banque Privée Espírito Santo, na Suíça, e na Tranquilidade.

Quatro dias depois, em 22 de julho, a Rioforte Investments apresentou um pedido de sujeição ao regime de gestão controlada ao abrigo da lei luxemburguesa.

«A apresentação deste pedido está relacionada com as dificuldades substanciais ocorridas na sociedade que detém 100% do seu capital, a Espírito Santo International S.A. (ESI) - a qual apresentou um pedido de natureza semelhante no passado dia 18 de julho», informou na ocasião a entidade.

O presidente da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Carlos Tavares, revelou que, segundo a informação de que dispõe, a vontade do Espírito Santo Financial Group é que os seus títulos voltem a ser transacionados na bolsa.

«Penso que a intenção do ESFG é que a negociação possa ser reaberta, para que os investidores possam transacionar as suas ações», afirmou o líder do supervisor, no decorrer da sua audição na comissão de Orçamento e Finanças, no Parlamento.

«Esperamos que a suspensão possa ser levantada quando houver mais informação», acrescentou o responsável.
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