Inflação na zona euro abaixo dos 2% «pelo menos até 2016» - TVI

Inflação na zona euro abaixo dos 2% «pelo menos até 2016»

Inflação

Na semana passada, o BCE decidiu manter as taxas de juro diretoras inalteradas

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê que a inflação na zona euro permaneça abaixo dos 2% «pelo menos até 2016», ainda que antecipe uma subida ligeira dos preços à medida que a recuperação económica da zona euro evolua.

«Espera-se que a inflação permaneça abaixo do objetivo de estabilidade de preços do Banco Central Europeu [BCE] pelo menos até 2016», lê-se no World Economic Outlook, hoje publicado pelo FMI com as previsões macroeconómicas da instituição. O objetivo de inflação do BCE é que esta esteja abaixo mas próxima dos 2%.

Na semana passada, o BCE decidiu manter as taxas de juro diretoras inalteradas, depois de em novembro ter decidido cortar os juros das principais operações de refinanciamento para um mínimo histórico de 0,25%.

No entanto, o presidente do BCE, Mario Draghi, reafirmou o seu compromisso de agir rapidamente e de forma firme se for necessário apoiar, através da política monetária, a atividade económica da zona euro, tendo admitido que está disponível para discutir «todos os instrumentos», incluindo medidas não convencionais.

O Fundo refere que a inflação «caiu consistentemente» na zona euro desde finais de 2011 e que, desde o último trimestre de 2013, os países com elevados níveis de desemprego «registaram [taxas de] inflação próxima de zero ou mesmo deflação».

Considerando o conjunto das economias do globo, a instituição liderada por Christine Lagarde espera que a inflação permaneça baixa, uma vez que a atividade continua «substancialmente abaixo» do seu potencial nas economias desenvolvidas e «por vezes próxima ou um pouco abaixo» do potencial nas economias emergentes e em desenvolvimento.

O Fundo considera que esta queda generalizada dos preços das mercadorias, sobretudo dos combustíveis e dos bens alimentares, «tem sido a força comum» que gerou quedas da inflação em todo o mundo.

Os preços dos bens em dólares deverão cair um pouco mais em 2014 e 2015, prevê o FMI, salvaguardando que, no caso dos combustíveis, as previsões são mais variáveis e incertas, antecipando-se, no entanto, que estes preços permaneçam inalterados ou que caiam ligeiramente.
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