Salários: UGT propõe aumentos médios de 2,9% para 2011 - TVI

Salários: UGT propõe aumentos médios de 2,9% para 2011

O Secretário-geral da UGT, João Proença

Valor concreto deverá depender da situação económica de cada empresa e sector

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A UGT propôs esta quinta-feira aumentos médios salariais de 2,9 por cento para 2011, fazendo depender o valor concreto da situação económica de cada empresa e sector.

A proposta de política de rendimentos aprovada pelo secretariado nacional da UGT prevê «uma orientação para a negociação colectiva em 2011 de aumentos salariais entre 2,6 e 3,2%», escreve a Lusa.

O valor médio entre 2,6 e 3,2% confirma o valor avançado pela imprensa, que revelou que a UGT iria propor aumentos de cerca de 3% para o próximo ano.

Proposta tem em conta inflação e produtividade

Os valores indicados para a contratação colectiva sustentam-se na inflação esperada (de 2%), no aumento de produtividade estimado (1,2%) e na situação económica e financeira de cada sector ou empresa.

«Visando um efeito positivo sobre o emprego, a UGT propõe que reverta para aumentos salariais 75% do aumento da produtividade», disse o secretário-geral do sindicato.

«Temos presente combate ao défice»

João Proença explicou ainda que o intervalo definido para os aumentos salariais é apenas indicativo. Tudo depende assim da situação económica de cada sector, da negociação que os sindicatos vão fazer e das contrapartidas que consigam obter.

No que toca à Função Pública, serão os respectivos sindicatos a definir a sua proposta reivindicativa. Mas João Proença admitiu que este é um sector com algumas especificidades. «Temos presente o combate ao défice orçamental», mas «é inadmissível o congelamento salarial».

Mais apoio aos desempregados

Na mesma conferência de imprensa, João Proença aproveitou, ainda, para defender o melhoramento dos centros de emprego de forma a que prestem mais apoios aos desempregados.

«Os centros de emprego não podem assegurar apenas tarefas burocráticas, como o controlo dos subsídios de desemprego, têm ajudar os desempregados a encontrar emprego», disse o sindicalista.

Para isso, a UGT sugere uma nova metodologia: que cada técnico do Instituto de Emprego (IEFP) tenha uma bolsa de desempregados, sendo responsável pela empregabilidade de um determinado número de desempregados, procurando-lhes ofertas de emprego ou formação adequada.

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