A taxa de poupança das famílias desceu para 4% do rendimento disponível no terceiro trimestre, menos 0,5 pontos percentuais que no trimestre anterior, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O INE explica que “a despesa de consumo final das famílias registou um aumento superior ao do rendimento disponível, o que determinou a redução da taxa de poupança para 4%”.
O rendimento disponível cresceu 0,3%, enquanto a despesa de consumo final das famílias subiu 0,9%.
O gabinete oficial de estatísticas adianta que “o aumento menos acentuado do rendimento disponível das famílias foi determinado pelo crescimento de 3,3% dos impostos sobre o rendimento no 3.º trimestre de 2018”, face à diminuição de 1,3% no trimestre anterior, tendo as remunerações recebidas registado um aumento idêntico ao do trimestre anterior (1,1%).
O INE indica também que “os impostos sobre o rendimento pagos pelas famílias sofreram algumas perturbações no perfil trimestral nos dois últimos anos devido, em grande medida, às diferentes cadências dos reembolsos do IRS, afetando em particular a evolução entre o 2.º e o 3.º trimestres de cada ano”.
A capacidade de financiamento das famílias fixou-se em 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre, menos 0,4 pontos percentuais que no trimestre anterior, sobretudo devido ao aumento da despesa de consumo final em 0,9%, que mais do que compensou a subida de 0,3% do rendimento disponível.
O governador do Banco de Portugal, numa audição hoje no parlamento, mostrou-se preocupado com a baixa taxa de poupança dos particulares, que voltou a descer no primeiro semestre deste ano e continuou abaixo da média europeia.