Reformar a legislação laboral e reduzir a despesa do Estado são as principais medidas que Portugal deve adoptar para deixar a cauda da tabela na União Europeia nos índices de liberdade económica, defendeu esta sexta-feira James Roberts, investigador da Fundação Heritage.
Nos 183 países do índice de 2011 de liberdade económica da fundação, um instituto de investigação dos Estados Unidos identificado com o movimento conservador, Portugal aparece em 69.º lugar - um dos piores da União Europeia, só à frente da Itália e da Grécia - e, para sair, precisa de liberalizar a legislação laboral, segundo o investigador da Heritage.
«A liberdade laboral é muito baixa. Será necessário entrar em diálogo sobre as leis em vigor, para proteger os trabalhadores mas também para encorajar o investimento e o crescimento económico das empresas e dos negócios, principalmente dos pequenos negócios, que são os que criam emprego», disse James Roberts à agência Lusa.
«É preciso rever, reformar e alterar as leis laborais, para que possam reflectir o novo ambiente do século 21», acrescentou, falando à margem de uma conferência sobre o Índice de Liberdade Económica da Fundação Heritage.
Nos dez indicadores do índice, Portugal tem na «liberdade laboral» o pior desempenho, seguido do indicador «despesa pública», com a fundação a dizer que «um sector público endividado e ineficiente desgastou o dinamismo do sector privado» e a competitividade portuguesa.
James Roberts defendeu, assim, a redução da despesa pública e do endividamento do Estado, quer em Portugal, quer na Europa, quer nos Estados Unidos.
Portugal precisa «rever leis laborais»
- Redação
- CPS
- 11 mar 2011, 14:03
Investigador da Fundação Heritage diz que Portugal precisa de reformar legislação laboral e reduzir despesa do Estado
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