BCP vende participações nas seguradoras Ocidental e Médis - TVI

BCP vende participações nas seguradoras Ocidental e Médis

Operação de venda foi de 122 milhões de euros

O Banco Comercial Português anunciou esta que vai vender ao grupo segurador internacional Ageas a sua participação nas companhias seguradoras Ocidental e Médis por 122,5 milhões de euros, para se concentrar nas atividades centrais do negócio.

Em comunicado divulgado esta segunda-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o BCP avança que chegou a acordo com o grupo Ageas para reformular parcialmente os acordos de cooperação estratégica que estabeleceram em 2004 e vender a sua participação de 49% naquelas duas empresas.

A reformulação dos acordos «inclui a venda da totalidade das participações de 49% detidas nas entidades que operam exclusivamente no ramo não-vida, isto é, [na] 'Ocidental ¿ Companhia Portuguesa de Seguros' e na 'Médis ¿ Companhia Portuguesa de Seguros de Saúde'.

A decisão visa prosseguir «o processo de re-enfoque nas atividades core, definido como prioritário no Plano Estratégico», explica o banco.

«A libertação de capital atualmente afeto a atividades fora do core business permitirá reforçar o apoio à economia, dando seguimento à estratégia que tem vindo a ser implementada», esclarece no comunicado.

Embora a venda ainda tenha de ser autorizada pelas entidades reguladoras, o BCP refere que o valor acordado para a venda das participações é 122,5 milhões de euros, embora o valor esteja sujeito «a ajustamento dependente da performance evidenciada no médio prazo».

No ano passado, informa o banco, a Ocidental e a Médis registaram, em conjunto, um volume de prémios bruto de 251 milhões de euros e um resultado líquido de 12 milhões de euros.

«O impacto destas transações, tendo por referência as demonstrações financeiras consolidadas em 31 de março de 2014, é estimado em 72 milhões de euros», adianta o BCP.

Mesmo após a venda, o grupo Millennium bcp pretende continuar, «em paralelo com outros canais de distribuição, bancários e não-bancários», a distribuir seguros do ramo não-vida daquelas seguradoras.
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