Bolsas sem rumo à espera de reunião do Eurogrupo - TVI

Bolsas sem rumo à espera de reunião do Eurogrupo

Mercados

Banca em queda apesar de juros da dívida estarem estáveis em torno de 6%

As bolsas europeias andaram esta segunda-feira sem rumo, indecisas entre ganhos e perdas, à espera da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro. No encontro, será discutido um possível reforço do fundo de estabilização europeu, defendido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), mas que conta já com a oposição de vários países, como Alemanha, França e Holanda.

Nesta reunião, o ministro português, Fernando Teixeira dos Santos, deverá ser chamado a especificar as medidas de austeridade e as reformas estruturais anunciadas.

As praças europeias dividiram-se. Alemanha e Inglaterra fecharam no verde, com ganhos de 0,1 e 0,43%, respectivamente, enquanto que França e Espanha, encerraram em queda, a baixar 0,04 e 1,25%.

Do outro lado do Atlântico, os mercados norte-americanos seguem em queda ligeira. Dow Jones, Nasdaq e S&P recuam 0,2% cada um, depois de o presidente da Reserva Federal dos EUA ter afirmado que a maior economia do mundo não está a conseguir crescer de forma sustentada e precisará de mais medidas de estímulo.

Banca e energia pressionam PSI20

Em Lisboa, a praça nacional oscilou entre ganhos e perdas e acabou o dia numa queda ligeira de 0,04%, com o PSI20 nos 7.734,98 pontos.

A banca foi um dos sectores mais penalizados, devido à crise da dívida pública, ainda que os juros das obrigações portuguesas a 10 anos estejam apenas em alta ligeira, nos 6,09%.

O BCP caiu 0,64% para 63 cêntimos, o BES recuou 1,36% para 2,91 euros e o BPI baixou 1,53% para 1,42 euros. Nem mesmo as análises de várias casas de investimento internacionais, que consideram existir na banca europeia casos atractivos de investimento, por terem acções baratas e poderem beneficiar da recuperação económica chegaram para animar os títulos no mercado interno.

No vermelho fecharam também as principais empresas da energia. A EDP cedeu 0,32% para 2,53 euros, depois de a S&P ter colocado a dívida da empresa em alerta negativo na passada semana, o que lançou o receio de a empresa vir a ter dificuldades quando tentar aceder ao mercado do crédito.

No mesmo sector, a Galp caiu 0,11% para 13,69 euros, a REN deslizou 0,43% para 2,53 euros e a EDPR 1,86% para 3,95 euros. A petrolífera nem reagiu à subida do preço alvo das suas acções pelo Barclays Capital para 17 euros, com uma recomendação de overweight.

JM e Sonae foram as mais animadas

No verde, a impedir um pior dia na praça nacional, fecharam a PT, que subiu 0,15% para 10,02 euros, e a Jerónimo Martins e Sonae SGPS, com ganhos de 2,17% para 12,02 euros e 1,78% para 80 cêntimos, respectivamente.

A empresa da família Azevedo beneficia de uma subida da avaliação por parte do ESER, que subiu o preço alvo das acções para 1,20 euros, atribuindo-lhes um potencial de valorização superior a 50%.
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