Dívida: China vai «reforçar» apoio financeiro a Portugal - TVI

Dívida: China vai «reforçar» apoio financeiro a Portugal

Teixeira dos Santos

Pequim «acredita no esforço português», garante Teixeira dos Santos

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A China vai «reforçar» o apoio financeiro a Portugal. A revelação foi feita esta terça-feira pelo ministro das Finanças, para quem Pequim «acredita no esforço português para consolidar as contas públicas e recuperar o crescimento económico«.

Teixeira dos Santos revelou-se optimista, na sua visita à China para tentar vender dívida pública nacional: «Demos um grande salto em frente no reforço das nossas relações a todos os níveis, comerciais e de investimento, e também no domínio do financiamento».

Sem pormenorizar o montante dos títulos do tesouro português já comprados e a comprar por instituições chinesas, Teixeira dos Santos quis deixar apenas a garantia de que «a China apoia a vai continuar a apoiar a Portugal».

Note-se que a China é a segunda maior economia do mundo e este ano voltará a crescer cerca de 10%. É também o país com as maiores reservas em divisas do planeta, estimadas em 2,65 biliões de dólares (números de Setembro passado), e é, nomeadamente, o principal detentor de títulos do Tesouro norte-americano.

«Saio daqui satisfeito», disse, citado pela Lusa. «A China mostrou-nos claramente que acredita em Portugal».

Reiterando que «a China acredita no nosso esforço de consolidação das finanças públicas, acredita na nossa capacidade de recuperar o crescimento económico e acredita na solidez do nosso sistema financeiro», Teixeira dos Santos realçou que o «esforço português» para reduzir o défice e fomentar o crescimento «dão garantias aos que querem investir em Portugal de que o país vai ser capaz de honrar os seus compromissos».

E a China «acredita», pelo que o ministro das Finanças confia que «os outros países e outros intervenientes nos mercados financeiros pensarão o mesmo».

«Dentro dos próximos meses, gradualmente, os mercados vão ver que Portugal está no caminho certo e que está a corrigir os seus desequilíbrios, quer o desequilíbrio das suas contas públicas quer o desequilíbrio externo».

No que toca à China, aquele país asiático é encarado, desta forma, como «um parceiro», com «influência global» e que «que vai continuar a apoiar Portugal, conforme tem apoiado».

Além do ministro chinês das Finanças, Xie Xuren, a delegação portuguesa encontrou-se com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, e com responsáveis da Administração Estatal chinesa das Reservas Externas.

A visita de dois dias a Pequim termina hoje. Teixeira dos Santos foi acompanhado pelo secretário de Estado do Tesouro e Finanças, Carlos Costa Pina, e o presidente do Instituto de Gestão do Crédito Público, Alberto Soares.

[Notícia actualizada às 9h00]

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