​OPA PT: Isabel dos Santos considera preço justo e não quer subir - TVI

​OPA PT: Isabel dos Santos considera preço justo e não quer subir

Isabel dos Santos

Oferta pública de aquisição tem um valor global de 1.210 milhões de euros. Argumento é que a contrapartida já incorpora um prémio que compensa os atuais acionistas

Isabel dos Santos considera que o preço de 1,35 euros por ação que ofereceu na Oferta Pública de Aquisição sobre a PT SGPS  é justificado e não quer subi-lo, apesar de ser inferior aos 1,555 euros de cotação em Bolsa, disse uma fonte próxima da empresária angolana à Reuters.

O argumento é que a contrapartida já incorpora um prémio que compensa os atuais acionistas da PT SGPS da expectativa que a brasileira Oi seja envolvida num movimento de fusões e aquisições no Brasil, além de que aqueles também ficarão com o valor que vier a ser recuperado da dívida da falida Rioforte que a PT comprou.

Esta oferta voluntária, que tem um valor global de 1.210 milhões de euros, teve como objetivo manter a empresa intacta ao travar a venda dos ativos de telecomunicações portugueses da PT Portugal que são detidos pela Oi.
A 12 de Novembro, os fundos de investimento Apax e Bain avançaram com uma oferta conjunta de 7.075 milhões de euros (ME) pelos activos portugueses da PT Portugal, um valor mais elevado do que a proposta de 7.025 ME da francesa Altice.

A Terra Peregrin tem, a té 1 de Dezembro, de entregar o pedido de registo da OPA à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, que pode aceitar a justificação e equidade da contrapartida desta oferta voluntária ou transformá-la numa oferta obrigatória, com uma contrapartida superior.

A fonte próxima de Isabel dos Santos frisou que a contrapartida oferecida é justificada, equitativa, direta e imediata.
Explicou que, considerando que a posição líquida de caixa da PT SGPS é de 62 milhões de euros, a oferta da Terra Peregrin valoriza a capitalização total da Oi em 4.484 milhões ou 14.350 milhões de reais, equivalente a 1,76 reais por ação da brasileira.

Lembrou que, a 7 de Novembro, sexta-feira que antecedeu à OPA da Terra Peregrin, a ação da Oi cotava no mercado a 1,29 reais, ou seja a contrapartida financeira da OPA representa 36% de prémio versus esse valor.
Adiantou que, mesmo comparando com o preço de fecho de 25 de Novembro da Oi de 1,58 reais/ação, o prémio é de 11%, realçando que aqueles 1,58 reais é o segundo valor mais alto de cotação do último mês.

Esta fonte recordou que a 17 de Outubro o Tribunal de Comércio do Luxemburgo rejeitou a gestão controlada da RioForte, afetando consideravelmente as perspetivas de recuperação do valor emprestado.

Contudo, adiantou que a média da capitalização bolsista da PT SGPS desde 17 de Outubro até 7 de Novembro, imediatamente antes do anúncio preliminar da OPA, foi de 1.030 milhões, o que significa que os 1.210 milhões de euros da oferta da Terra Peregrin incorporam um prémio de 17%.

Salientou que, além disso, o valor de 1,35 euros/ação não inclui o valor que vier a ser recuperado da dívida da RioForte, que ficará para os atuais acionistas da PT SGPS.
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