O secretário coordenador da Frente Sindical da Administração Pública (FESAP) considerou esta terça-feira inaceitável a proposta do Governo sobre a mobilidade especial e acusou-o de se querer libertar da negociação.
«Há uma grande pressão do Governo em função do Orçamento do Estado de 2012 de libertar-se da negociação geral na administração pública mas da parte dos sindicatos não se vai libertar porque não vamos deixar e iremos para a rua se for necessário dizer que o governo anda a enganar as pessoas», disse Nobre dos Santos, no final de uma reunião negocial com o secretário de Estado da Administração Pública.
A proposta enviada pelo Ministério das Finanças aponta para redução da retribuição dos trabalhadores colocados em situação de mobilidade especial e define que os trabalhadores em situação de mobilidade especial passem a receber 66,7% ou metade da remuneração base mensal consoante o tempo de permanência em inactividade. O Governo diz que a ideia é dar alternativas de escolha.
Os sindicatos interpretam a proposta maneira diferente: « É inaceitável. Neste documento para os casos de recusa já se fala que os trabalhadores podem receber abaixo dos 400 euros, inaceitável», disse Nobre dos Santos adiantando que a FESAP «sabendo que o Governo tem a maioria vai tentar evitar que o pior aconteça nas negociações».
Da parte da Frente Comum, Ana Avoila disse que não há «nenhum argumento sustentado» para para reduzir a retribuição dos trabalhadores colocados em mobilidade especial.
Mobilidade: proposta do Governo é «inaceitável»
- Redação
- VC
- 4 out 2011, 17:04
«Já se fala que os trabalhadores podem receber abaixo dos 400 euros», acusa a FESAP
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