EPUL vende apenas 30% dos imóveis em leilão

O leilão de imóveis da Empresa Pública de Urbanização de Lisboa (EPUL) terminou esta segunda-feira com a venda de apenas 30%, ou 12 milhões de euros, do total de 42 milhões de euros que valiam os cerca de 100 imóveis, na cidade de Lisboa - todos propriedade da empresa.

À Agência Financeira o administrador da EPUL, Luís Bento confessou que tinha expectativas «mais elevadas», mas que ainda assim o evento serviu para «despertar o mercado».

A culpa poderá ser «em parte» atribuída ao «clima de vergonha» de licitar «em frente às outras pessoas». Ainda hoje, dois dos bens mais caros do leilão foram vendidos fora da hasta pública - sendo que nenhuma das negociações do dia foi realizada publicamente. Os compradores do Palacete da Quinta de Sant'Ana, em Telheiras, por exemplo, que valia 5,6 milhões de euros, e o imóvel mais caro de todas as sessões, apresentaram a proposta «à carta fechada».

Terminados os quatro dias de leilão, a EPUL prometeu voltar às praças no final do primeiro trimestre de 2012 para vender as fracções que não foram licitadas neste evento e «outras novidades».

Apesar de o leilão não ter sido um sucesso, Luís Bento garantiu que a empresa conseguiu um bom ano comercial - «as nossas vendas, desde o início do ano, têm uma taxa de concretização de 95,2%, o que é uma excelente taxa de realização».