Honda lança novo Civic

A Honda espera que o novo Civic, a ser lançado em Portugal em Março, retire a empresa dos maus resultados causados pelo sismo no Japão e inundações na Tailândia.

O novo Honda Civic, que será produzido na fábrica de Swindon, no Reino Unido, é também o primeiro modelo que a marca japonesa assume como desenhado para o mercado europeu, onde a Honda tem a menor quota de mercado quando comparado com os países asiáticos e americanos.

Aliás, o modelo era para ser lançado em Janeiro no mercado alemão e do Reino Unido, mas foi adiado devido à falta de peças vindas da Tailândia que sofreu em outubro fortes inundações que inutilizaram as fábricas da Honda.

A marca japonesa reportou recentemente que a escassez de veículos nos concessionários devido a problemas relacionados com o tsunami empurraram as vendas para baixo nos EUA e no Japão, sendo que os lucros do primeiro semestre fiscal, terminado a 30 de Setembro, totalizaram 92,2 mil milhões de ienes (891,4 milhões de euros), uma redução de 77,4 por cento em relação ao mesmo período de 2010.

O director-geral da Honda Portugal, António Gaspar, adiantou que prevê vender mil carros por ano no mercado português, acrescentando que «é um plano de vendas ambicioso tendo em conta a conjuntura e sabendo que o mercado vai atravessar dificuldades, mas temos os argumentos certos para continuar a melhorar a nossa performance».

Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), a Honda está com uma quebra nas vendas de 44,6 por cento, muita acima da média do mercado (-24,9 por cento), com 1.543 de carros vendidos de janeiro a outubro deste ano.

António Gaspar afirmou que, desde 1972, altura em que o modelo foi introduzido no mercado, «foram vendidas 20 milhões de unidades em todo o mundo e 86 mil em Portugal», sendo que a última geração vendeu 8.500 carros.

O novo Honda Civic, apresentado no último salão de Frankfurt, terá preços entre os 21.500 e os 31.000 euros e demorou quatro anos a ser desenvolvido, sendo que «os componentes do Civic são novos ou foram melhorados, com foco na configuração da suspensão, no novo design, nos aspetos aerodinâmicos e nas motorizações para melhores performances e menores emissões de CO2», refere o comunicado.

Com o actual aumento dos preços dos combustíveis em Portugal e em toda a Europa, a Honda compromete-se com este novo modelo a uma redução significativa no consumo, ou seja, menos 20 por cento em relação ao motor a gasóleo de 2.2 e 10 por cento em relação ao anterior 1.8 a gasolina.