Marsans: «Não posso inventar dinheiro para dar às pessoas» - TVI

Marsans: «Não posso inventar dinheiro para dar às pessoas»

Vera Jardim, Provedor do Cliente da APAVT (Fonte: APAVT)

Provedor do cliente das Agências de Viagens e Turismo garante que vai «falar e protestar». Mas dá poucas certezas aos clientes da Marsans

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«Este é um caso gravíssimo», classificou José Vera Jardim, provedor do cliente das agências de viagens e turismo, sobre o fecho de algumas das 32 lojas que a Marsans tem em Portugal, nos últimos dias, deixando os clientes apedados.

Em conferência de imprensa, Vera Jardim comprometeu-se a «acompanhar a situação e defender os direitos dos clientes», admitindo, no entanto, que «pouco há a fazer».

«Vamos falar, protestar, chamar a atenção das autoridades. Agora, não posso inventar dinheiro para dar às pessoas», disse o provedor do cliente.

Vera Jardim garantiu, no entanto, que, «quando o assunto estiver mais calmo, vou escrever ao ministro da Economia dando a minha ideia do que se poderá fazer».

Já quanto às garantias de normalidade dadas pela Marsans, Vera Jardim deixa um conselho aos clientes: «Eu, se fosse cliente, só acreditava com o dinheiro no balcão».

Mas Vera Jardim vai mais longe: «Não posso dar garantia nenhuma» de que os clientes da Marsans vão ser ressarcidos.

«Caução de 25 mil euros é insuficiente»

Já sobre a caução de 25 mil euros, atribuída pelo Turismo de Portugal à Marsans, esta é, para Vera Jardim, «insuficiente para pagar a todos os clientes».

«Tendo em conta o volume de negócios que eu tenho conhecimento, por via da APAVT, penso que se justifica a caução máxima de 250 mil euros».

Governo acompanha situação para ajudar clientes

A caução da Marsans foi apresentada, segundo fonte oficial da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Abril deste ano.

Esta é definida de acordo com as vendas de viagens em grupo feitas no ano anterior. Como a Marsans declarou, num documento assinado por um técnico oficial de contas, que não vendeu nenhuma viagem organizada em 2009 em território nacional, a caução definida foi a mínima imposta pela lei.

Turismo de Portugal falhou fiscalização

«O Turismo de Portugal, que recebeu essa informação, devia ter revisto essa situação. Há que actuar com mais precaução nesta matéria», disse Vera Jardim.

Uma opinião partilhada pelo vice-presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, que se revelou «surpreendido» com o valor da caução, por «não ser adequado».
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