O presidente do Banco BPI, Fernando Ulrich, remeteu esta quinta-feira para José Sócrates as explicações sobre a afirmação feita durante uma entrevista, na qual o primeiro-ministro terá dito que os bancos foram decisivos para acelerar o pedido de ajuda externa.
«Não sei a que bancos o senhor primeiro-ministro se estava a referir. Só ele é que pode explicar», afirmou Ulrich, explicando que não viu a entrevista na íntegra, mas que apanhou as declarações de Sócrates relativas à banca.
«Os números que o BPI acaba de divulgar, com um rácio de core capital de 9 por cento, com um rácio de transformação de 113% e com utilização zero de recursos do Banco Central Europeu (BCE) provam que a ajuda externa não foi pedida por causa do BPI», realçou o banqueiro citado pela Lusa.
No passado dia 26 de Abril, em entrevista à TVI, interrogado sobre o momento em que tomou a decisão de pedir ajuda externa, o primeiro-ministro situou-a no momento em que se verificou que «abruptamente os juros tinham subido muito e, principalmente, quando a desvalorização do rating dos bancos os colocou numa situação de dificuldade ao nível do financiamento».
«A verdade é que os nossos bancos tinham já dificuldade em financiar-se junto do Banco Central Europeu (BCE). Isso poria Portugal exposto a riscos que achei que não podíamos continuar a correr - e esses riscos são muito rápidos», justificou na altura.
Pressão da banca? «Só primeiro-ministro pode explicar»
- Redação
- CPS
- 28 abr 2011, 13:35
José Sócrates tinha dito que bancos foram decisivos para acelerar pedido de ajuda de Portugal
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