Privado Holding nega risco de falência do Kendal II - TVI

Privado Holding nega risco de falência do Kendal II

BPP

Conselho de administração garante gestão «atenta e competente» do veículo de investimento

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O conselho de administração da Privado Holding (PH) garantiu esta segunda-feira que o veículo de investimento Kendal II, criado pelo BPP, não está em risco de falência nem tem capitais próprios negativos, estando a ser gerido de forma «atenta e competente».

A administração da Privado Holding - ex-dona do Banco Privado Português (BPP) e principal acionista da Kendal II - é responsável pela equipa de gestão do veículo há cerca de seis meses e respondia assim às acusações do consórcio formado pelas sociedades financeiras Sartorial (antiga Ok2Deal) e Intervalores.

Este consórcio, criado em Abril passado para se candidatar à gestão do Kendal II, acusou esta segunda-feira a actual equipa de gestão do veículo de «ausência de estratégia», afirmando que este «perdeu já mais de 70 por cento do seu valor inicial e encontra-se há mais de um ano com capitais próprios negativos, enfrentando risco de falência».

Em resposta, fonte oficial da PH recordou que «três quartos dos accionistas representados na assembleia geral da Kendal II rejeitaram as propostas e os projectos da OK2Deal, o que diz tudo sobre o seu mérito».

A mesma fonte garantiu à agência Lusa ser «falso que haja risco de falência ou capitais próprios negativos» do veículo de investimento.

«Pelo contrário, houve uma gestão atenta e competente e uma actuação diligente que levou à venda da posição na Cimpor em momento oportuno (desde o início do ano e concluída em Fevereiro), deixando o veículo com uma posição de liquidez com forte poder negocial», sustentou a mesma fonte.

«O conselho de administração da Kendal II, tal como o conselho de administração da PH, tem como objetivo recuperar valor para os acionistas da empresa», pelo que «comentar as alegações vencidas da OK2Deal não é prioritário neste momento».

Armando Nunes, um dos representantes do consórcio Sartorial e Intervalores, tinha antes afirmado, em comunicado, que «a actual administração não tem culpa do que aconteceu para trás, mas a verdade é que tomou conta da gestão [do Kendall II] vai para seis meses e nada fez para mudar o rumo dos acontecimentos».

Segundo Armando Nunes, «só o aparecimento da proposta alternativa, patrocinada por um conjunto de investidores preocupados com o seu património, mobilizou a actual administração para, finalmente, actuar de forma mais transparente e preocupada».
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